San Francisco é conhecida como o centro do Vale do Silício, uma região moderna, lar de várias startups e atenta a novas tecnologias. Só que essa cidade dos Estados Unidos ainda depende de um sistema de controle de trens e metrô bastante datado, que usa velhos disquetes para operar.
A agência municipal de transporte de San Francisco, no estado norte-americano da Califórnia, confirmou que vai investir US$ 212 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão na cotação atual da moeda) para modernizar o controle automático dos veículos. A divisão de mobilidade da Hitachi foi escolhida para liderar a substituição.
O disquete usado pelo sistema de transporte da cidade é o modelo de 5,25 polegadas, intermediário em tamanho e armazenamento. Ele ainda é considerado eficiente na função, mas há risco de degradação do material e escassez de especialistas em atuar com equipamentos já fora de linha.
De acordo com o planejamento, as obras devem ficar prontas entre o fim de 2027 e o início de 2028.
Por que usar disquetes até hoje?
O uso de disquetes nos sistemas de controle automático dos trens de San Francisco está em vigor desde 1998, quando essa tecnologia foi inaugurada. Desde então, por motivos de segurança e bom funcionamento do serviço, o governo local optou por não fazer a substituição.
Os primeiros planos para trocar o sistema foram revelados em 2018, mas a chegada da pandemia da covid-19 atrasou todas as etapas e fez a cidade voltar para o início do projeto.
Atualmente, eles são usados para rodar programas em DOS que controlam os sistemas centrais desse meio de transporte. Quando o trem vai para o subterrâneo, o computador de bordo dele se conecta com essa plataforma para fazer o controle automático sob supervisão de um operador. Ao retornar para o nível da rua, a direção volta a ser manual.
Além de San Francisco, o Japão também confirmou o sucesso na operação pra substituir disquetes em órgãos públicos. O Pentágono e a fabricante Boeing também dependeram até poucos anos dessa mídia para algumas operações importantes, incluindo atualizações de sistemas.
Algumas companhias ainda vendem disquetes para entusiastas ou setores que ainda adotam a mídia, mas a fabricação em massa desses produtos se encerrou em 2011, quando a Sony abandonou o setor.