A empresa Meta suspendeu de suas redes sociais contas que informam a localização de jatinhos privados de celebridades. Perfis que compartilhavam esses dados foram banidos de serviços como Facebook, Threads e Instagram nos últimos dias.
Um dos responsáveis por criar esses perfis, Jack Sweeney, confirmou as ações da Meta em uma postagem no Threads. As contas avisavam sobre viagens privadas de celebridades como Kim Kardashian e Taylor Swift, além de personalidades da tecnologia que incluem Elon Musk, Bill Gates, Jeff Bezos e o próprio CEO da Meta, Mark Zuckerberg.
Contas de rastreamento de voos privados de personalidades políticas, como Donald Trump e o governador da Flórida, Ron DeSantis, também foram suspensas em uma segunda leva de banimentos.
A rede social Bluesky, por enquanto, é uma das únicas que mantém esse tipo de publicação no ar — mas pode ser obrigada a tirá-las, já que alguns dos envolvidos ameaçam as plataformas de processo em caso de não cumprimento.
Publicado por @jacksweeney
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No fim de 2022, poucos meses após assumir o controle do antigo Twitter, Musk já havia banido do X a conta criada por Sweeney que rastreava os seus voos privados — sem fazer o mesmo com perfis de outros famosos.
O que diz a Meta
Informações sobre voos são disponibilizadas publicamente pelo órgão governamental de aviação dos Estados Unidos, incluindo jatos particulares. Os perfis banidos não precisam cometer nenhuma irregularidade para obter acesso a esses dados.
Além de mostrar o trajeto percorrido, esses perfis também listam de forma aproximada o gasto energético de cada viagem, além das emissões de carbono — sendo inclusive uma forma de mostrar o alto gasto nesse setor. Ainda assim, esse tipo de compartilhamento é criticado pelos próprios famosos envolvidos e parte da comunidade.
A conta que mostra as viagens privadas de Musk está ativa no Bluesky.Fonte: ElonJet/Bluesky
“Devido ao risco de danos físicos aos indivíduos (…), nós desabilitamos as contas por violar a nossa política de privacidade”, confirmou um porta-voz da Meta ao site TechCrunch. A companhia citou ainda que essa foi a recomendação do comitê supervisor independente que atua junto à direção.