O Burger King distribuiu R$ 0,01 por Pix para 19 milhões de membros do Clube BK em uma nova campanha publicitária. A ferramenta foi usada para divulgar a promoção de Black Friday da rede de fast-food.
Junto com o centavo enviado por Pix, o BK justificou o envio com uma mensagem na descrição da transferência. “Isso mesmo, sou eu, BK, te mandando 1 centavo para contar que com mais 24 você compra 2 BK Franguinhos por 25 centavos de 25 a 29 de novembro”, dizia a empresa no texto.
A distribuição do centavo pegou o público de surpresa, e o assunto foi divulgado aos montes nas redes sociais — principalmente no X, antigo Twitter.
A promoção de 2 BK Franguinhos acontece entre 25 e 29 de novembro deste ano, como parte de uma ação para a Black Friday.
E os dados dos usuários?
Ainda que a doação tenha deixado usuários de bom humor, o uso dos dados dos usuários do Clube BK para campanha publicitária levantou dúvidas. Uma empresa pode utilizar as informações fornecidas para distribuir publicidade?
Segundo o CMO de marketing da Zamp, master franqueada do Burger King no país, sim. “O uso desses dados para enviar o Pix de volta aos consumidores está dentro do escopo da LGPD, pois são dados já fornecidos e consentidos pelos clientes no contexto da compra“, pontuou o executivo.
Na visão dele, a ação publicitária “criou um formato de mídia inovador que impacta e vira assunto, conectando o BK de forma única ao consumidor na semana mais competitiva do ano no varejo”.
De toda forma, se a ideia pegar para outras empresas, o envio do Pix de centavos pode acabar se tornando um problema para consumidores, já que apps de bancos tendem a ter notificações ligadas por padrão para manter o cliente ligado na atividade da conta.