O X (ex-Twitter) finalmente começou a cumprir as determinações do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta quarta-feira (18), a plataforma suspendeu algumas das contas envolvidas em investigações judiciais.
Dentre as contas suspensas estão as do blogueiro Allan dos Santos, do ex-apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo, e do youtuber Monark. O STF observa o cumprimento das ordens.
Dentro do STF, o movimento foi interpretado como um sinal de que a rede social — e seus gestores, Elon Musk e Linda Yaccarino — reavaliam a decisão de ignorar as ordens judiciais brasileiras.
A plataforma afirma estar colaborando com autoridades brasileiras para restabelecer a rede no Brasil.Fonte: @GlobalAffairs/X
Na sexta-feira (13), o STF ordenou a transferência de R$ 18,3 do X e da Starlink para os cofres da União. Os valores quitaram as dívidas acumuladas em multas pela rede social, mas o cumprimento das demais ordens ainda era necessário para reestabelecer a rede no país.
Nesta quarta (19), o X foi brevemente restabelecido para alguns usuários brasileiros. A disponibilidade foi resultado de uma mudança de infraestrutura no Cloudflare, empresa de distribuição de conteúdo, mas a rede foi novamente suspensa pela companhia após contato da Anatel.
X parece cumprir ordens judiciais
Ciente da restauração do serviço, o X reconheceu o breve retorno da plataforma em comunicado publicado na conta oficial @GlobalAffairs. Ao final do post, a empresa disse estar trabalhando com o governo brasileiro “para que ela retorne o mais breve possível para o povo brasileiro”.
Com as contas suspensas e as multas pagas, resta apenas um requisito para o X voltar a funcionar no Brasil: indicar um representante legal. Felizmente para a comunidade da plataforma, Elon Musk já se reúne com advogados brasileiros para resolver esse problema, apurou a Folha de São Paulo.
Contudo, a empresa enfrenta dificuldade para encontrar um candidato para a vaga, visto que o profissional talvez precise defender a plataforma de próximas infrações ou negligências.
O ministro Alexandre de Moraes, responsável pela primeira ordem de suspensão da plataforma, disse em conversas na Corte que é preciso ter “paciência”.
Porém, ainda que esteja dando sinais de que atenderá às demandas judiciais, Elon Musk continua provocando as autoridades brasileiras. Após a curta restauração do X na quarta (18), o bilionário publicou que “qualquer magia suficientemente avançada é indistinguível da tecnologia”, em uma aparente provocação ao STF.