Polícia Federal diz que assassinos de Marielle se reuniram ao menos três vezes com irmãos Brazão – Notícias




O relatório da Polícia Federal mostrou que o ex-policial Ronnie Lessa e o sargento reformado Edmilson de Oliveira, conhecido como Macalé, se reuniram ao menos três vezes com o deputado federal Chiquinho Brazão e com o conselheiro afastado do TCRJ (Tribunal de Contas do Rio de Janeiro), Domingos Brazão.


Os dois são suspeitos de serem os mandantes dos assassinatos de da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.





Segundo as apurações, o primeiro encontro ocorreu no segundo semestre de 2017, próximo a um hotel na Barra da Tijuca. Um dos pontos levantados pelos investigadores é que o local ficava a poucos metros da casa de Chiquinho Brazão. Veja a seguir os detalhes das reuniões.



1ª reunião: proposta



As investigações mostraram que Macalé e Lessa se encontraram em uma lanchonete na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e seguiram até o local indicado. Quando a dupla chegou, ainda segundo a PF, os irmãos teriam feito um “aceno” para confirmar que estavam sozinhos no local.


Lessa afirma que Domingos foi o que mais falou e passou a “limpo todo o contexto da demanda e indicou que havia alocado um infiltrado de nome Laerte Silva de Lima nas fileiras do PSOL para levantar informações internas do partido”. Ainda segundo o ex-policial, os supostos mandantes estavam “focados no propósito de executar a vereadora.”


Neste encontro, a dupla Brazão também ressaltou a exigência que o crime não ocorresse enquanto Marielle estivesse no caminho da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Domingos teria dito que esse pedido partiu do diretor da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa.



2ª reunião: levantamento e monitoramento de Marielle Franco



O segundo encontro ocorreu a pedido de Ronnie Lessa. O principal tópico era tratar da exigência de Rivaldo Barbosa. A mudança nos planos seria necessária porque, segundo o ex-policial, a rua onde a vereadora residia seria de “difícil monitoramento”.


A reunião terminou com a afirmação dos irmãos de que o planejamento do crime não poderia “passar por cima das ordens de Rivaldo.”



3ª reunião: pós-crime



O último encontro entre os executores e os supostos mandantes foi em abril de 2018. A reunião seria uma forma de “tranquilizar” Lessa, pois Barbosa já estaria atuando para redirecionar a investigação do crime.


Quando a dupla de executores estava indo embora, Domingos teria dito que a arma do crime deveria ser devolvida. “Macalé prontamente tentou demover Domingos da ideia, mas não obteve sucesso. Domingos ressaltou que a arma deveria ser recolocada no lugar, sem especificar qual”, disse relatório.




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