Com 118 elementos, a Tabela Periódica é uma representação sistemática de todos os elementos químicos conhecidos em nosso planeta, e até fora dele. Desses elementos, 92 são naturais e 26 são sintéticos, ou seja, produzidos de forma artificial a partir da manipulação dos encontrados “in natura”.
A última atualização da Tabela foi realizada em 2016 com a inclusão dos elementos: Nihônio (113), Moscóvio (115), Tenessino (117) e Oganessônio (118). Mas apesar da oficialização ter sido realizada apenas em 2016, o último elemento descoberto foi o Tenessino, em 2010.
Mas será que em todo esse tempo nada mais foi descoberto, ou ainda, será que ainda cabem mais elementos na Tabela Periódica? Pois é hora de matar sua curiosidade, saiba mais.
Quantos elementos da Tabela Periódica você conhece?Fonte: Getty Images
Nasce uma tabela
Desde o século XVIII, diversas foram as ideias para a categorização e organização dos elementos conhecidos naquele período. No entanto, apesar de alguns modelos terem sido propostos por estudiosos de renome como os químicos Antoine-Laurent Lavoisier e Johann Wolfgang Döbereiner, a tabela, como a conhecemos, foi finalizada apenas em 1869.
O inventor da tabela é o químico e físico russo, Dmitri Mendeleev, que se inspirou na descoberta do peso atômico dos elementos, discutido pela primeira vez no Congresso Internacional de Químicos em 1860, na Alemanha.
Selo comemorativo do centenário da invenção da Tabela Periódica.Fonte: GettyImages
O “pai da tabela periódica” não apenas organizou os elementos conforme a ordem crescente de seus números atômicos, mas também previu e deixou lacunas para que novos elementos pudessem ser encaixados conforme fossem descobertos. Desde então, o modelo vem sendo atualizado e revisado, sendo que atualmente a entidade responsável por esse serviço é a União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC).
Qual o limite da tabela periódica?
Não existe um limite de inclusão de novos elementos químicos no arranjo, no entanto, outros fatores contribuem para não haver tantas atualizações. O último elemento sintetizado e oficialmente reconhecido foi o Tenessino, que levou 6 anos para ser oficialmente reconhecido pela IUPAC.
Isso não significa que novos elementos não tenham sido produzidos na última década, mas existe uma dificuldade no estudo desses novos elementos.
Sejam naturais ou sintéticos, os elementos precisam ter certa “durabilidade” para poderem ser estudados e categorizados. No entanto, quando seus núcleos são muito instáveis, sua meia-vida de milissegundos impede que sejam completamente compreendidos.
A instabilidade de alguns elementos dificultam o estudo do composto, sendo assim, ainda não podem ser estudados e reconhecidos.Fonte: Getty Images
Imagine, por exemplo, que você faça uma bola de areia, sendo cada grão um átomo. A areia molhada irá ter maior estabilidade e você poderá descrever o formato, tamanho e como essa bola de comporta.
Entretanto, caso a bola seja feita com areia fina e seca, ainda que você consiga formar uma esfera, ela se desmanchará rapidamente e você não terá tempo suficiente para descrever as mesmas caraterísticas observadas no exemplo anterior.
Assim, é uma tarefa complexa comprovar que o elemento criado seja de fato algo novo e não apenas uma corruptela de um elemento que já tenha sido estudado.
Este é apenas um exemplo anedótico.Fonte: Getty Images
Todavia, isso não significa que seja impossível que a tabela receba novos elementos. O avançar da ciência e suas tecnologias podem gerar novos métodos de análise e de conservação de elementos, ainda que muito instáveis.
E sim, haverá espaço na tabela para receber novos integrantes. Quem sabe algum dia possa haver um elemento em sua homenagem?
Se você curte saber as curiosidades do universo da química, também pode gostar de conhecer a história do Coronium, o elemento químico que não existiu. Até a próxima!