O Rabbit R1, assistente virtual portátil com inteligência artificial (IA), é, na verdade, um app Android. O repórter Mishaal Rahman, do site Android Authority, destrinchou o dispositivo e conseguiu baixar o assistente em formato APK em um Google Pixel 6A. Então, ele compartilhou sua experiência no X, antigo Twitter.
De primeira, o aplicativo não funcionou como esperado, mas com alguns ajustes ele conseguiu iniciá-lo normalmente como se o Pixel 6A fosse um Rabbit R1, só que em uma tela bem maior. Para interagir com a IA, Rahman usou o botão de volume como um substituto para o botão físico da IA portátil.
Contudo, o app não é tão completo quanto a IA de bolso. Rahman pontua que o programa pode não ter todas as funções que o acessório dispõe, principalmente pela diferença de estrutura (mecanismo de acionamento de câmera e ausência da rodinha de navegação).
Segundo Rahman, o app é aparentemente preparado para ser pré-instalado no firmware do dispositivo — o que torna a instalação no celular mais complexa. Ao ser instalado com esse nível de profundidade, o aplicativo recebe uma variedade de privilégios de sistema, necessários para viabilizar as interações fluidas com o assistente.
De toda forma, a descoberta de que o Rabbit R1 roda um aplicativo Android não é um bom sinal para o assistente virtual, principalmente após as críticas publicadas em análises de grandes canais. O youtuber Marques Brownlee, do canal MKBHD, chegou a dizer que o dispositivo não está pronto para o lançamento, com muitas funções ausentes e recursos que, na prática, todo celular oferece (e com mais vantagens).
Em contrapartida, o CEO e fundador da Rabbit, Jesse Lyu, defendeu o próprio produto em comunicado enviado ao The Verge. “O Rabbit R1 não é um aplicativo Android. O Rabbit OS e a IA LAM rodam na nuvem com o AOSP [Android Open Source Program] muito personalizado e modificações de firmware de baixo nível, portanto, um APK pirata local sem o sistema operacional de nuvem adequados não será capaz de acessar o nosso serviço”, pontuou Lyu.
No mesmo comunicado, o executivo menciona que o Rabbit OS é um sistema operacional personalizado e que não há suporte para clientes de terceiros.