Lançada no dia 26 de abril na Netflix, a série O Caso Asunta tem chocado audiências com sua história de crime real envolvendo uma garota de apenas 12 anos. Adotada pelo casal espanhol Rosario Porto e Alfonso Barrestra, a jovem Asunta Fong Yang desapareceu sobre condições misteriosas antes de ser encontrada morta à beira de uma estrada.
A produção mostra detalhes da história que chocou a Espanha ao colocar os pais adotivos da jovem como os responsáveis pela ação brutal. As investigações revelaram que o casal vivia de aparências e que diversos eventos recentes — incluindo o recebimento de uma herança — haviam abalado suas vidas.
Com várias reviravoltas e grande tensão, O Caso Asunta termina com Barrestra e Porto sendo condenados em 2015 a passar 18 anos presos por seus crimes. No entanto, a série da Netflix não chega a revelar o que aconteceu com eles depois de isso acontecer.
O que aconteceu com os condenados do Caso Asunta?
Condenado pela morte de Asunta, Alfonso Barrestra foi enviado ao Centro Penitenciário de Teixeiro, mesmo local para onde Rosario Porto também foi. Segundo o jornal espanhol El Correo Gallego, após poucas semanas em cárcere, ele enviou uma carta à sua esposa na qual afirmava que tinha intenções de se suicidar após cumprir sua pena.
Preso até hoje, ele chegou a fazer várias tentativas de tirar a própria vida, mas nenhuma delas foi bem-sucedida. Ao mesmo tempo, seus advogados chegaram a fazer pedidos de liberdade provisória que foram negados pela Junta de Tratamento da prisão e pela Junta de Vigilância Penitenciária da Galícia.
Alfonso Barrestra segue preso no Centro Penitenciário de TeixeiroFonte: Divulgação/Álvaro Ballesteros/La Voz de Galicia
Entre os motivos para isso está o fato de que o prisioneiro foi flagrado passando materiais proibidos para outro preso considerado problemático, e por ter se envolvido em agressões a outras pessoas. Essas atitudes também fizeram com que Barrestra acabasse sendo isolado em diversas ocasiões.
Já Porto passou por Teixeiro e pelas prisões de A Lama (em Pontevedra) e Brieva (Ávila), sendo considerada uma prisioneira sensível por seu grande desejo de tirar a própria vida. Após algumas tentativas falhas que a deixaram sob vigilância, ela faleceu em novembro de 2020.
Em 2025, Barrestra vai ter completado dois terços de sua pena, o que daria ele o direito a evoluir para o regime aberto. No entanto, ele já afirmou publicamente que não vai buscar o benefício e que está determinado a cumprir toda a sua sentença como uma forma de provar sua inocência no caso.