Disponível desde o dia 27 de abril no catálogo da Netflix, Quatro Dias Com Ela é um filme de 2020 que tem atraído audiências com sua história carregada de drama. Nele acompanhamos a história de Molly (Milla Kunis), uma mulher que tenta se livrar de um vício em drogas e que só pode contar com a ajuda de sua mãe (Glenn Close).
Apesar dos laços de sangue que unem as personagens, logo descobrimos que a convivência entre elas não é pacífica graças a uma série de episódios traumáticos. Durante 1h40 de duração do filme, vemos como elas tentam reparar pontes que foram queimadas e a importância de ter um apoio quando precisamos de uma nova chance na vida.
Quatro Dias Com Ela é baseada em história real
Conforme revelam os créditos do longa-metragem, ele é inspirado na história real de Amanda Wendler (Molly) e Libby Alexander (Deb). O roteiro foi inspirado em um artigo do Washington Post publicado em 2016 sob o nome “Como está Amanda? Uma história de verdade, mentiras e vício americano”, em uma tradução livre.
O texto rendeu ao jornalista Eli Saslow um Prêmio Pulitzer, por tratar de temas considerados sensíveis, como o vício em opioides que tem destruído os Estados Unidos. Ele revela que, assim como no filme, Amanda recorreu à ajuda de sua mãe para conseguir ficar uma semana sóbria enquanto se preparava para entrar na reabilitação.
O artigo revela que a jovem desenvolveu seu vício quando, na infância, acabou sofrendo uma lesão. O tratamento recomendado foi uma dose de 120 comprimidos de Vicodin, um remédio para dor conhecido por sua alta eficiência, mas também por ser extremamente viciante — algo que a série House retratou muito bem com seu protagonista.
História teve final feliz
Glenn Close e Mila Kunis estrelam história sobre recuperação do vício em drogasFonte: Divulgação/Vertical Entertainment
Para alimentar seu vício, Amanda acabou procurando por outras drogas que tivessem o mesmo efeito, chegando ao ponto de perder todos os seus dentes após viver em condições sem nenhuma higiene pessoal. Assim como Em Quatro Dias Com Ela, a história da jovem foi marcada por diversas tentativas falhas de reabilitação e relacionamentos abusivos com traficantes.
O artigo do Washington Post termina de forma inconclusiva, mostrando mãe e filha em uma nova visita ao pronto-socorro. A atualização mais recente sobre o caso aconteceu em 2021, quando Amanda Weller deu uma entrevista à Fox News mostrando que estava recuperada.
A história serve tanto como um aviso sobre os riscos que o vício em drogas pode trazer quanto uma prova de que há como se recuperar dele. A intenção era apagar um pouco o estigma sobre usuários, mostrando que a maioria deles só precisa de ajuda para conseguir se recuperar.