O Google não vai permitir que propagandas políticas sejam impulsionadas nas Eleições de 2024. A empresa emitiu uma nota nesta quarta-feira (24) alegando que respeitará as novas regras para propaganda eleitoral divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que correspondem ao artigo 27-A da resolução 23.732, de 27 de fevereiro de 2024.
Na nota, o Google afirma que atualizará as suas políticas para uso do Google Ads, não permitindo mais que os mesmos sejam usados em conteúdos políticos. A decisão vai entrar em vigor no dia 1º de maio e a partir desta data nenhum conteúdo de candidatos poderá ser impulsionado, tanto no buscador como em outras plataformas do grupo, como o YouTube.
As medidas tomadas pela empresa foram por conta do prazo apertado para se adequar a algumas novas normas exigidas pelo TSE. Entre elas, está a necessidade de disponibilizar em tempo real informações sobre o conteúdo impulsionado, como valores e responsáveis pelo pagamento, além de uma ferramenta para que permita uma rápida e fácil consulta à essas informações.
O Google não permitirá impulsionamento de propagandas políticas para as Eleições de 2024. (Imagem: Getty Images)Fonte: GettyImages
Outras plataformas não se manifestaram
Até o momento, outras plataformas, que também permitem o impulsionamento de conteúdo, não se manifestaram diante das novas regras impostas pelo TSE. Entre elas estão a Meta, responsável por plataformas como Instagram, Facebook e WhatsApp.
Nas Eleições de 2020, segundo um levantamento do O Globo, foram gastos mais de R$36 milhões em impulsionamentos de conteúdos na internet para aquele pleito. E entre as três maiores empresas onde esse valor foi aplicado estão justamente o Facebook, a Adyen e o Google.
A Meta foi uma das empresas que vai recebeu para impulsionar conteúdos políticos nas Eleições de 2020. (Imagem: Teleco Alert)Fonte: Teleco Alert