A série Xógum: A Gloriosa Saga do Japão chegou ao fim nesta terça-feira (23), com a exibição do décimo e último episódio. Ela marca não apenas a conclusão da história de Anjin, Toranaga, Mariko e outros personagens, mas também o desfecho da série.
Sucesso de público e crítica, Xógum provavelmente não terá uma segunda temporada, ao menos da forma que a maior parte do público espera. Isso porque todo o enredo do romance Shogun lançado por James Clavell, livro no qual a história é baseada, foi coberto pelo seriado — sendo que a ideia desde o início era justamente fazer uma obra fechada e limitada.
“Quem leu o livro verá que é exatamente onde ele termina. Estamos empolgados sobre isso, porque é um final surpreendente que o Clavell escreveu, sendo lindamente ambíguo de uma certa forma. Mas, sabe, é esse tipo de história que contamos”, diz o co-criador e showrunner da série, Justin Marks.
James Clavell, cineasta e escritor.Fonte: MUBI
A produção foi criada pela FX e é exibida no Brasil pelas plataformas Star+ e Disney+, que vão se unir em um só serviço de streaming em breve. O elenco inclui nomes como Hiroyuki Sanada (John Wick 4: Baba Yaga), Anna Sawai (Velozes e Furiosos 9), Cosmo Jarvis (Peaky Blinders) e Tadanobu Asano (Thor).
As alternativas para o futuro de Xógum
Pelas declarações do elenco e de executivos ligados à série, não há interesse em fazer uma segunda temporada original, com uma história que continue de forma inédita o que foi contado por Clavell.
Por mais que Xógum não renda uma segunda temporada, entretanto, esse não é o fim da linha. Isso porque o autor James Clavell escreveu outros livros que podem ser adaptados para o streaming.
Hiroyuki Sanada (Toranaga) e Anna Sawai (Mariko) em cena de Xógum.Fonte: Disney+
As obras não são relacionadas com o universo de Xógum, mas ao menos uma delas — Gai-jin, escrita em 1993 — se passa no Japão de 1862 e teria maior semelhança com a produção da FX.
Outros sucessos literários do escritor incluem Tai-Pan, sobre disputas entre europeus e norte-americanos pelo comércio em Hong Kong, e King Rat, que aborda a sobrevivência de prisioneiros em uma prisão japonesa durante a Segunda Guerra Mundial.
Mesmo que as outras adaptações sejam confirmadas, é possível que a estreia demore. A produção de Xógum levou cinco anos ao todo, em um processo mais meticuloso e demorado que séries tradicionais. “Nós já estaríamos filmando a segunda temporada nessa altura”, aponta Marks, dizendo que essa “não é uma série de TV normal”.
Com o sucesso do seriado, a equipe está confiante de que seguiria por esse mesmo formato caso outra adaptação seja encomendada.