A partir do próximo sábado (16), os assinantes da Netflix vão poder conferir em seu catálogo o filme A Baleia, que rendeu um Oscar de Melhor Ator para Brandan Fraser em 2023. Dirigido por Darren Aronofsky, o longa-metragem conta a história de um homem que começou a comer compulsivamente após a morte de seu amante.
Separado de sua família como resultado da descoberta de sua sexualidade, o protagonista tenta se reconectar com a filha de 17 anos que abandonou. Tratando de temas como mortalidade e culpa, o longa-metragem acabou se mostrando polêmico apesar de ter recebido o reconhecimento da Academia.
A Baleia chegou com diversas polêmicas
A primeira polêmica relacionada ao filme veio do fato de que, embora não tenha mais o físico de sua época como protagonista de histórias de ação, Brendan Fraser não pode ser considerado uma pessoa obesa. Assim, muitos criticaram o ator por ter aceitado o papel, tirando espaço de pessoas que realmente sofrem com a condição.
Desde antes da estreia de A Baleia no circuito comercial, Fraser defendeu o filme e a escolha criativa do diretor Aronofsky. Ao Los Angeles Times, o ator afirmou que muitos críticos agiram com más intenções, e que o apoio que ele recebeu da Obesity Action Coalition (OAC) fez com que ele tivesse a certeza de que não errou ao aceitar o papel.
Aronofsky também defendeu o longa-metragem, explicando que o protagonista Charlie (Fraser) foi criado como uma forma de gerar empatia por pessoas que sofrem com o sobrepeso. Segundo ele, a história morda uma abordagem respeitosa sobre o assunto e que se afasta de clichês e preconceitos comuns.
A polêmica relacionada ao filme acabou se refletindo nas críticas que ele recebeu da mídia especializada. No agregador de notas Rotten Tomatoes, ele tem 64% de aprovação dos 347 reviews publicados até o momento. Em contraposição, o público gostou bastante do longa, conforme mostram os 91% de aprovação gerados pelas mais de 1 mil contribuições dos visitantes do site.
Filme realmente divide opiniões
Entre aqueles que não aprovaram A Baleia está Danny Leigh, do Financial Times. Segundo ele, a maneira como Aranofsky trata Charlie é quase cruel, comparando as dificuldades pelas quais o personagem passa nas mãos do diretor a uma criança que lentamente remove as pernas de uma aranha que conseguiu capturar.
Já Michael Phillips, do Chicago Tribune, afirma que Fraser é o diferencial da história, mostrando a todo momento seu talento para escapar de caminhos fáceis ou simplistas. E é justamente que parece ser o único ponto de concordância entre quem elogia ou não gosta a obra: independente de seu resultado, o ator realmente mereceu o troféu que recebeu no Oscar.
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