A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) inaugurou nesta semana a primeira unidade de fabricação em volume do mundo para a produção de ânodo de nióbio com a tecnologia XNO, usada em baterias de carros elétricos. A planta industrial fica na cidade de Araxá (MG).
O metal com alta resistência à corrosão e boa condutividade é utilizado na fabricação de baterias de íons de lítio e se destaca pela grande capacidade de lidar com carregamentos ultrarrápidos. Além disso, suporta uma maior quantidade de ciclos de carga e descarga, podendo ser usado, também, na construção civil, aviões, carros e sondas espaciais, entre outras áreas.
De acordo com a CBMM, a nova instalação terá capacidade para produzir 3 mil toneladas anualmente de óxidos mistos para baterias, das quais 2 mil toneladas destinadas à tecnologia XNO. Ela vai fornecer o equivalente a 1 GWh por ano para fabricantes de células de íons de lítio de vários países.
A empresa planeja alcançar uma capacidade de produção de 20 mil toneladas de óxido de nióbio para baterias até 2030 na unidade de produção no interior mineiro. A previsão de investimento para a planta é de R$ 2,2 bilhões, com o empreendimento devendo gerar mais de 130 empregos diretos.
Nova geração de baterias
A produção de ânodo de nióbio desta nova planta industrial será utilizada para a produção de baterias mais potentes, com recarga ultrarrápida e maior durabilidade, atendendo à crescente demanda da indústria automotiva. A fábrica foi construída em parceria com a britânica Echion Techonologies.
Clientes da Echion, que trabalham no desenvolvimento da nova geração de baterias, terão acesso a toda a produção da unidade. Eles estão localizados principalmente na Europa, mas também há marcas sediadas em países da Ásia, América do Norte e América do Sul.
“Na CBMM, esperamos um crescimento acelerado no setor de baterias nos próximos anos. Estamos orgulhosos de comemorar os frutos desta parceria que reforça nosso Plano de Sustentabilidade e se alinha às tendências globais de descarbonização e promoção da eletrificação”, comentou o CEO da empresa, Ricardo Lima.