Novos iMac chegam ao Brasil por até R$ 38 mil; por que eles são tão caros?

A Apple lançou ontem segunda-feira (28) uma nova versão do iMac. O computador de alto desempenho tem como destaque o chip M4, com design da própria companhia, além de uma memória unificada que trabalha em conjunto com as unidades de processamento.

O modelo vem pronto para rodar as funções da plataforma Apple Intelligence de inteligência artificial e tem um SSD de armazenamento interno, com portas Thunderbolt e uma entrada Ethernet para conexão via cabo (esta somente nas configurações mais avançadas).

Para fazer videochamadas sem precisar de um acessório, ele mesmo traz uma câmera de 12 MP na parte superior central da tela.

Falando nele, o display Retina tem 24 polegadas e resolução 4,5K com nanotexturas que reduzem a reflexão e outros efeitos indesejados de luz. Tanto o Magic Mouse quanto o Magic Keyboard acompanham o aparelho, que está disponível em sete cores: azul, roxo, rosa, laranja, amarelo, verde e prateado.

Nos Estados Unidos, o modelo sai a partir de US$ 1,299 — aproximadamente R$ 7,4 mil em conversão direta de moeda e na cotação atual. Esse valor, porém, pode subir bastante dependendo da configuração desejada e são várias as alternativas de especificações técnicas do iMac.

Quanto custa o iMac com chip M4 no Brasil?

O modelo mais barato do novo iMac no Brasil custa R$ 15,5 mil. Essa é a versão com CPU e GPU de 8 núcleos, memória de 16 GB e SSD de 256 GB. O valor dele chega a até R$ 22,9 mil sem a adição de extras, como o Magic Trackpad e certos softwares pré-instalados, como o Final Cut Pro.

As demais variantes trazem os seguintes preços:

  • iMac M4 com GPU e GPU de 10 núcleos, memória de 16 GB e 256 GB de armazenamento — de R$ 18 mil a R$ 32,4 mil;
  • iMac M4 com GPU e GPU de 10 núcleos, memória de 16 GB e 512 GB de armazenamento — de R$ 20,4 mil até R$ 34,7 mil;
  • iMac M4 com GPU e GPU de 10 núcleos, memória de 24 GB e 512 GB de armazenamento — de R$ 22,8 a R$ 34,8 mil.

A título de curiosidade, o iMac mais caro da loja sai por R$ 38 mil, com todas as configurações no máximo, acessórios inclusos e as licenças de softwares. Em todos esses casos, é possível parcelar o pagamento em até 12 vezes ou ganhar 10% de desconto ao fazer a compra à vista.

Até o momento, apesar de constar na loja online nacional, o modelo ainda não tem estoque disponível no Brasil e nem previsão de lançamento.

Por que os Macs são tão caros no Brasil?

Ao se deparar com esses números, é natural questionar o motivo dos preços tão altos — não só do equipamento como um todo, mas também da diferença do valor final no Brasil e da conversão direta de moeda.

De acordo com Arthur Igreja, especialista em Comunicação e Inovação, a Apple no Brasil tem uma dinâmica de mercado diferente em comparação a outros países, com vários elementos em jogo até se atingir o preço de um aparelho.

O iMac com chip M4. (Imagem: Apple/Divulgação)Fonte:  Apple 

“A quantidade de Macs vendida no Brasil é muito baixa, ou seja, é o mesmo produto, mas nos Estados Unidos, por exemplo, ele precisa de fato competir com outras incontáveis opções. Aqui o número de concorrentes é restrito e tem todo esse poder da marca. (…) Em outros lugares, ela acaba fazendo volume, e aqui o resultado se dá pela margem“, explica.

Igreja cita fatores de decisão como o câmbio desvalorizado e a incidência tributária, além do posicionamento da Maçã no país como uma marca de luxo, voltada em especial para quem tem o poder de compra necessário.

Outro aspecto importa é a fidelização: a Apple tem usuários que “fazem parte do universo” há anos, o que é visto também no caso do iPhone.

“A pessoa não está comprando um computador, não está adquirindo um item comparável. Se o consumidor optasse pelo Windows, ele teria inúmeras opções, o que o faz buscar mais especificações e performance operacional, com isso o poder da marca é menos relevante. No Mac, o consumidor já está indo para um sistema operacional que é único, que só funciona em um hardware que tem um apelo de marca, que tem um sex appeal“, conclui o especialista.

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