A plataforma de transporte Uber anunciou nessa terça-feira (16) a expansão de um recurso de segurança para os motoristas da plataforma que atuam no Brasil. A novidade é a possibilidade de gravação de vídeo durante uma corrida por parte do condutor.
Essa função já estava em fase experimental desde outubro de 2022 e foi expandida ao longo dos meses para mais cidades. Nas próximas semanas, entretanto, ela chega em caráter definitivo para todo o território nacional, começando por dispositivos com Android.
Anteriormente, motoristas e passageiros já podiam realizar a gravação da corrida em áudio. O condutor também pode instalar uma câmera veicular, se desejar, embora o novo método use a câmera frontal do próprio smartphone usado na corrida — e que geralmente fica em um suporte no painel mostrando também as rotas para navegação.
Como funciona a gravação de vídeo no Uber
A gravação de vídeo é opcional e, quando ligada, passa a registrar clipes de todas as viagens. A captura vai do momento em que o condutor chega perto do ponto de embarque até 20 segundos depois do encerramento da corrida.
Os arquivos são criptografados, ou seja, não podem ser acessados livremente pela Uber ou por outras pessoas. Esse conteúdo só é liberado para a equipe de atendimento da plataforma ou por autoridades mediante pedido judicial se o motorista abrir uma reclamação. Nesse caso, o material coletado serve de evidência de alguma irregularidade cometida pelo passageiro, por exemplo, ou para comprovar que a viagem transcorreu sem incidentes.
A gravação fica visível na tela e roda em segundo plano junto do aplicativo.Fonte: Uber/Reprodução
O passageiro é avisado antes do embarque que a viagem será gravada, para que o usuário tenha a opção de cancelar a viagem se não quiser um motorista com essa opção ligada. A gravação fica disponível no dispositivo pelo período de sete dias após a viagem.
“Esse é um instrumento relevante para incentivar a todos a se comportarem da melhor forma possível, sabendo que estão sendo gravados, além de fornecer evidências concretas do que realmente aconteceu em um incidente”, diz a gerente de produto do Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Uber, Mariana Esteves.