O Wayback Machine voltou a funcionar nesta segunda-feira (14), com restrições, após ser alvo de um ataque de negação de serviço (DDoS) que tirou o site do ar na última semana. A plataforma também sofreu, recentemente, uma violação de segurança que comprometeu dados de 31 milhões de usuários.
Nesta volta, o site está disponível somente no “modo leitura”, ou seja, os visitantes conseguem recuperar versões antigas de páginas, fazendo uma consulta no arquivo com mais de 916 bilhões de registros. Já o envio de cópias para o acervo segue indisponível.
The @internetarchive’s Wayback Machine resumed in a provisional, read-only manner.
Sorry, no Save Page Now yet.
Safe to resume but might need further maintenance, in which case it will be suspended again.
Please be gentle https://t.co/sb5tlvxQ26
More as it happens.
— Brewster Kahle (@brewster_kahle) October 14, 2024
Segundo o fundador do Internet Archive, Brewster Kahle, a página ficou fora do ar para que a equipe da entidade responsável pelo serviço examinasse o acervo e fortalecesse o sistema contra ataques cibernéticos futuros. Porém, ele alerta que o site pode ser colocado em offline novamente, se necessário.
“É seguro retomar, mas pode precisar de mais manutenção e, nesse caso, será suspenso novamente”, explicou Kahle em seu perfil no X. A plataforma também conseguiu recuperar o acesso às contas de e-mail dos colaboradores e seus rastreadores para as Bibliotecas Nacionais.
Acervo seguro
Em outras postagens, Kahle deu uma boa notícia para quem acessa o serviço criado em 1996 e disponível para o público desde 2001. De acordo com ele, o acervo digital gigantesco mantido pela organização sem fins lucrativos não foi corrompido durante o ciberataque.
O fundador também atualizou o cronograma de recuperação do site, informando que o prazo estimado agora é de “dias, não semanas” para que o Wayback Machine volte a funcionar por completo, com todas as suas funções disponíveis para os usuários.
Recentemente, o Google passou a exibir links para sites arquivados na plataforma nos resultados de pesquisa, facilitando encontrar versões mais antigas de páginas ou visualizar sites que não existem mais. No início do ano, a gigante de Mountain View deixou de mostrar seus próprios links de páginas em cache.