O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump declarou na última quinta-feira (10) que pretende proibir a circulação de carros autônomos de empresas chinesas no país, caso seja eleito em novembro. O bilionário ainda ressaltou sua desconfiança com esse tipo de veículo.
“Você gosta de veículos autônomos? Alguém gosta de veículos autônomos? Sabe o que é isso, certo? Quando você vê um carro dirigindo? Algumas pessoas gostam, eu não sei. Um pouco preocupante para mim, mas vamos impedir que os veículos autônomos operem nas estradas americanas”, disse para o público presente no evento, realizado na cidade de Detroit.
A declaração ocorreu apenas algumas horas antes de Elon Musk, aliado próximo da campanha de Trump, apresentar o novo protótipo robotáxi da Tesla. O veículo promete levar passageiros a qualquer lugar sem a necessidade de um motorista.
Elon Musk se tornou aliado próximo de Trump na corrida presidencial dos Estados Unidos
Vale lembrar que, em setembro, Trump até anunciou que quer Elon Musk chefiando a Comissão de Eficiência em seu potencial governo.
Crítico dos autônomos
O candidato a presidência dos Estados Unidos não tem o costume de falar abertamente sobre assuntos envolvendo tecnologia. Em 2019, porém, ele já havia criticado a ascensão dos carros autônomos, afirmando que “nunca funcionariam”.
Segundo uma reportagem da Axios, Trump compartilhou seu ceticismo em relação aos carros autônomos com pessoas próximas. “Ele dizia: imagine você sentado no banco de trás e o carro começa a ziguezaguear e não há nada que possa ser feito para controlar o maldito veículo?”, disse uma das fontes para a Axios.
Outro amigo contou: “Eu falei que havia comprado um novo Tesla para Trump e ele reagiu dizendo que nunca andaria em um carro autônomo. ‘Eu não confio em um computador para me levar para lá e para cá’, ele me respondeu”.
Atualmente, de acordo com o South China Morning Post, várias empresas chinesas de automóveis fazem testes nas estradas estadunidenses, incluindo Baidu e Didi Chuxing. Muitas, porém, estão diminuindo as operações no país em decorrência da crescente tensão entre China e Estados Unidos.