Homem é preso após vender filho para pagar apostas online

Um homem acusado de vender o próprio filho de apenas 11 meses para usar o dinheiro em apostas online foi preso na Indonésia, de acordo com o The Telegraph. Ele realizou a negociação por meio do Facebook e teria arrecadado o equivalente a cerca de R$ 5 mil.

Ocorrido na cidade de Tangerang e revelado nesta terça-feira (08), o caso foi descoberto pela mãe da criança, que não encontrou o menino em sua residência ao voltar do trabalho. Ela então questionou o companheiro a respeito do paradeiro do garoto e o pai revelou a venda, após ser pressionado.

O caso foi descoberto pela mãe do bebê, que não o encontrou em casa. (Imagem: Getty Images)Fonte:  Getty Images/Reprodução 

Na sequência, os dois foram ao Departamento de Polícia de Tangerang, onde o homem, de 36 anos, confessou o crime afirmando que a negociação foi motivada por dívidas financeiras que ele tinha. Porém, as investigações mostraram uma história diferente da que o acusado havia contado inicialmente.

Segundo o chefe da polícia local, Zain Dwi Nugroho, o pai da criança mudou mais uma vez a história e revelou que não conseguiu manter o impulso ao receber o dinheiro e usou quase toda a quantia para apostar online, além de gastar parte dela na compra de objetos pessoais. Identificado como “RA”, ele foi preso.

Suspeita de tráfico de crianças

Mensagens trocadas entre o pai que vendeu a criança para fazer apostas em bets e os compradores foram encontradas durante a investigação, ajudando na identificação deles. Após o rastreamento, a polícia localizou o bebê em uma casa na mesma cidade, com dois adultos.

Assim como o pai, a dupla também foi presa, devido à suspeita de que esteja envolvida com uma rede de tráfico de crianças. Na Indonésia, esse tipo de crime pode resultar em pena de detenção de 15 anos e multa equivalente a mais de R$ 200 mil.

Recentemente, as autoridades do país asiático descobriram uma rede de tráfico de bebês cujos integrantes pagavam um preço próximo ao da quantia envolvida nesse caso, revendendo as crianças por valores três vezes maiores. As negociações também eram feitas via Facebook.

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