Em um novo estudo publicado na revista científica Nature Physics, um grupo internacional de pesquisadores realizou experimentos em laboratório para entender como evitar que uma possível rocha espacial colida com a Terra e ameace a vida. Os cientistas descobriram que uma explosão nuclear pode ser a melhor solução para destruir o asteroide ou, ao menos, desviar sua trajetória.
Mesmo com a precisão dos testes em laboratório, os cientistas explicam que seria necessário coletar muitos dados sobre o asteroide antes de enviar uma bomba nuclear em sua direção. Além disso, eles explicam que se a humanidade precisasse seguir um plano de ação semelhante contra uma rocha espacial muito maior, a situação poderia ser significativamente diferente.
A maneira mais viável de provocar uma explosão nuclear na rocha espacial para alterar sua trajetória seria aquecer parte da superfície do asteroide, vaporizando os minerais presos nele. A força do vapor seria utilizada para redirecionar o asteroide, salvando assim a vida de todas as pessoas e animais na Terra. Nos testes, os pesquisadores simularam atingir o asteroide com um pulso de raios-x.
“Aqui demonstramos a simulação da deflexão de asteroide com um pulso de raios-x de um plasma de argônio denso gerado na máquina Z, um dispositivo de energia pulsada no Sandia National Laboratories. Usamos as chamadas tesouras de raios-x para colocar material asteroidal substituto no espaço livre, cortando simultaneamente os suportes e vaporizando a superfície do alvo”, a introdução do estudo descreve.
Raios-x contra asteroides
Em uma emergência, os pesquisadores afirmam que seria possível usar o gerador de ondas eletromagnéticas de alta frequência, Z Pulsed Power Facility, para liberar 1,5 megajoules de raios-x. Alimentado por um tanque de argônio, o objetivo do dispositivo é ‘esquentar’ o asteroide para criar a vaporização e alterar sua trajetória.
O asteroide Apophis tem uma pequena chance de colidir com a Terra em 2029, por isso é tão importante estudar maneiras de evitar essa colisão.Fonte: Getty Images
De qualquer forma, é fundamental destacar que cada cenário apresenta desafios únicos, o que torna indispensável realizar testes para prever os possíveis desfechos antes de qualquer ação concreta.
É essencial avaliar todas as possibilidades antes que uma situação semelhante aconteça, pois isso poderia levar à extinção de todos os seres vivos na Terra. Contudo, vamos manter a esperança de que algo assim nunca ocorra.
“Modelos mais detalhados, como o modelo de radiação-hidrodinâmica ilustrado aqui e aqueles em outros estudos podem ser testados contra dados experimentais adquiridos com essa técnica e usados para refinar as previsões para diferentes missões de interceptação de asteroides”, a equipe explica.
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