Na última sexta-feira (5), estreou a nova aposta da Netflix, a série coreana Parasyte: The Grey. Dando sequência ao sucesso alcançado com Avatar e One Piece, a obra também é adaptação de um mangá, chegando nas telinhas com um orçamento bastante generoso.
A produção, porém, tomou certa liberdade criativa e mudou alguns elementos — adotando um tom mais sombrio se comparado à obra original.
Na verdade, embora compartilhe o nome da franquia, a adaptação da Netflix pode ser considerada uma expansão para a obra original. Isso porque Parasyte: The Gray se distancia bastante da narrativa presente no mangá, apresentando novos elementos em sua trama, incluindo protagonistas diferentes.
Simbiose e parasitismo
No lugar de Shinichi, protagonista do anime, a adaptação da Netflix apresenta a atriz Jeon So-nee no papel principal, como Su-In. Escrita para The Grey, a personagem encara uma trama similar, tornando-se hospedeira parcial de um parasita com personalidade própria. Apesar da semelhança, a narrativa vai se distanciando cada vez mais da obra original.
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Em Parasyte: The Maxim, a adaptação em anime, Shinichi consegue impedir a “possessão” do parasita ao pará-lo enquanto ainda estava em seu braço. Simplificando, isso faz com que o invasor perca a capacidade de controle total, por não conseguir acessar o cérebro do hospedeiro.
Sun-In e Sinichi, respectivamente.Fonte: Netflix
Ainda assim, a criatura se desenvolve no braço de Shinichi e, quando amadurece, é nomeada “Migi”. Adiante, ambos constroem uma relação de simbiose, em que o humano fornece alimentação e o parasita o protege de inimigos. Na adaptação da Netflix, esses personagens “dão lugar” a Su-In e Heidi.
Mais azarada, Su-In tem o parasita alojado em seu rosto, que se distorce sempre que ele aparece. Além do maior fator de horror corporal, a diferença também sugere que a “invasão” falhou por muito pouco, já que foi impedida em um local muito mais próximo do cérebro.
Cenário diferente, mesmo horror
Outra diferença direta para o anime e para o mangá é a localização dos eventos. Na animação, tudo se passa no Japão, enquanto em The Grey, a trama é focada na Coreia do Sul.
Para os fãs mais preocupados, vale lembrar que essa decisão foi aprovada diretamente pelo autor de Parayste, Hitoshi Iwaaki, que considera a versão live-action da Netflix como um “neto” da franquia.
Nesse contexto, garantindo uma ambientação autêntica, a adaptação foi dirigida pelo icônico Yeon Sang-ho, também responsável pelos sucessos sul-coreanos de terror Invasão Zumbi (2016) e Profecia do Inferno (2021).
Apesar das diferenças em relação ao material original, Parasyte: The Grey mantém muito de seus elementos tradicionais. Além dos temas de terror e ficção científica, a adaptação da Netflix traz bastante violência gráfica e horror corporal, com o design dos parasitas sendo bastante fiel, tanto ao mangá quanto ao anime.
Para quem é fã e ficou curioso, vale dar uma chance à Parasyte: The Grey, que possui seis episódios disponíveis na Netflix. E aí, vai assistir? Nos conte nas redes sociais do Minha Série!