A x.AI, empresa de inteligência artificial (IA) de Elon Musk, iniciou neste final de semana as operações do supercomputador Colossus. A informação foi confirmada pelo bilionário e também pela Nvidia, um dos principais parceiros do projeto, mas imagens do equipamento ainda não foram divulgadas.
O Colossus fica em Memphis, cidade do estado norte-americano do Tennessee, e a construção foi possível com ajuda da Dell e da Super Micro Computer. A operação aconteceu em tempo recorde: foram quatro meses entre o financiamento do projeto, que envolveu nomes de peso do capital de risco como a Andreessen Horowitz e a Sequoia Capital, e o início das atividades.
Ele é agora o maior supercomputador do mundo formado apenas de GPUs, com 100 mil unidades de processamento gráfico H100 da Nvidia. A ideia é que ele dobre de tamanho no futuro próximo, adicionando 50 mil novos chips H200 da mesma marca “em poucos meses“.
O supercomputador será utilizado para treinamento da próxima geração do grande modelo de linguagem Grok, a plataforma de IA de Musk que está atualmente disponível para assinantes do X Premium. Segundo estimativas, o Grok-3 deve ser um rival direto e competitivo do GPT-4, da OpenAI.
x.AI já se envolveu em polêmicas
Além do bloqueio da rede social X (o antigo Twitter) no Brasil, que inclusive impede o acesso de brasileiros ao Grok, a empresa de IA de Musk também já foi notícia por outras controvérsias no setor.
Em junho, investidores da Tesla processaram Elon Musk porque o empresário supostamente desviou recursos para a xAI. A startup ainda foi acusada de aumentar a poluição em Memphis, graças ao gasto energético e a poluição gerada por turbinas a gás nas instalações.
Por fim, o Grok até já foi obrigado a receber uma atualização de emergência após denúncias de que ele estava facilitando o espalhamento de desinformação sobre as eleições dos Estados Unidos.
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Especialista em Analista
Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.