Com o fim de agosto se aproximando, reunimos mais uma vez as imagens divulgadas pela Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) ao longo do mês. As novas fotografias foram produzidas a partir de dados coletados pelo Telescópio Espacial Hubble e pela sonda ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO), em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA).
São três imagens que mostram detalhes impressionantes de diferentes regiões do cosmos, como a galáxia anã IC 3430, localizada no Aglomerado de Virgem, a ‘Terra das Sereias’, observada em Marte, e mais.
Galáxia anã IC 3430
No início de agosto, a NASA divulgou uma imagem da IC 3430, produzida pelo Telescópio Espacial Hubble. A galáxia anã elíptica tem uma forma oval e apresenta um núcleo de estrelas azuis, provavelmente formadas devido à pressão da galáxia em interação com o Aglomerado de Virgem.
A galáxia apresenta um brilho mais intenso no centro, mas vai escurecendo até sua borda. No fundo da imagem, também é possível observar outras galáxias e estrelas distantes.
“Galáxias anãs são, na verdade, apenas galáxias com poucas estrelas, geralmente menos de um bilhão, mas isso geralmente é o suficiente para que elas reproduzam em miniatura as mesmas formas de galáxias maiores. Existem galáxias elípticas anãs como a IC 3430, galáxias irregulares anãs, galáxias esferoidais anãs e até galáxias espirais anãs”, é descrito em um comunicado da NASA.
Galáxia espiral barrada UGC 11861
A galáxia espiral barrada UGC 11861 também foi fotografada pelo telescópio Hubble. Ela é considerada um objeto de estudo importante para os astrônomos, pois três explosões de supernovas foram detectadas em sua proximidade nas últimas décadas: em 1995, 1997 e 2011. Além disso, os dados da imagem foram coletados justamente para estudar supernovas do Tipo II e seu entorno.
“Entre os gases nublados e os fios escuros de poeira, esta galáxia está ativamente formando novas estrelas, visíveis nas manchas azuis brilhantes em seus braços externos”, a NASA descreve.
‘Terra das Sereias’ em Marte
A sonda ExoMars Trace Gas Orbiter capturou uma imagem infravermelha colorida de uma região no hemisfério sul de Marte, conhecida como ‘Terra Sirenum’, traduzida do latim como ‘Terra das Sereias’. Claramente, não existem sereias no planeta vermelho. Porém, antes de Marte se transformar em um planeta desértico, os cientistas acreditam que a região de Terra Sirenum abrigava um lago.
Em bilhões de anos da história de Marte, essa água desapareceu, mas deixou minerais na superfície do planeta. A cor roxa da imagem destaca os depósitos de sal de cloreto que sobraram na região.
“O orbitador europeu usou seu Colour and Stereo Surface Imaging System (CaSSIS) para revelar depósitos de sal de cloreto na região de crateras da Terra Sirenum. Provavelmente, esses depósitos de sal se formaram a partir de lagoas rasas de água ou salmoura que evaporaram no Sol”, a ESA explica.
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