Um novo tipo de antena em desenvolvimento pode transformar sinal Wi-Fi e Bluetooth em eletricidade. O componente, documentado em estudo publicado na Nature Electronics, poderia ser usado para alimentar dispositivos com menor demanda energética.
O artigo publicado em 24 de julho deste ano descreve uma antena retificadora. O componente usa princípios da física quântica para converter ondas eletromagnéticas em energia elétrica.
Basicamente, as antenas retificadoras “convertem” sinais de radiofrequência, tais como Bluetooth e Wi-Fi, ou até comprimentos de luz, em energia elétrica.
Contudo, essas ondas eletromagnéticas carregam uma quantidade ínfima de energia, então os pesquisadores olharam para a spintrônica, uma tecnologia que explora a propensão quântica de elétrons de sua orientação, e para as propriedades de magnetorresistência de túnel (TMR, na sigla em inglês).
Captação por interferência em elétrons
A partir disso, eles criaram estruturas que exploram a junção de túnel magnéticos (MTJ), essas sensíveis aos sinais de radiofrequência, e perceberam que é possível conter a energia remanescente em eletricidade.
Para isso, foi necessário criar retificadores de spin de dimensões nanoscópicas formados por MTJs. Elas são sensíveis para sinais eletromagnéticos dispersos no ambiente, incluindo Wi-Fi 2.4 GHz, 4G e 5G.
Segundo o estudo, esse tipo de tecnologia poderia ser aprimorada até chegar ao ponto de alimentar dispositivos inteiros por conta própria. Para isso, eles aproveitariam o excesso de sinais de radiofrequência utilizado para comunicação.
A partir disso, os cientistas acreditam que o método pode reduzir o custo de carbono para manter redes sem fio, dispensando parte da necessidade da alimentação de bateria.
Obviamente, a tecnologia é avaliada exclusivamente em estudos, e não existe previsão para que ela chegue ao mercado.
Enquanto isso, o público pode cultivar a expectativa de ter o celular carregado com NFC. Afinal, a novidade deve receber suporte já no Android 15.