A Disney+ anunciou nesta quinta-feira (04) que intensificará suas políticas contra o compartilhamento de senhas entre os assinantes a partir de junho. A medida começará apenas em alguns países, mas se tornará global em setembro.
Em entrevista exclusiva à CNBC, o CEO da plataforma de streaming, Bob Iger, revelou que a empresa planeja “inaugurar nossa primeira verdadeira ofensiva contra o compartilhamento de senhas”.
As diretrizes da Disney contra o compartilhamento de senhas entraram em vigor para novos usuários em 25 de janeiro e foram estendidas aos membros existentes em 14 de março.
Em fevereiro, o CFO da Disney, Hugh Johnston, confirmou que os assinantes “suspeitos de compartilhamento inadequado” receberam um aviso para se inscreverem em uma assinatura própria. A plataforma também planeja uma cobrança de taxa adicional para membros de fora da residência, mas não revelou valores.
Guerra ao compartilhamento de senhas
Apesar da guerra ao compartilhamento de senhas da Netflix e da Disney+, nem todas as plataformas seguem a mesma estratégia. (Fonte: Governo do Estado de São Paulo/Reprodução)Fonte: Governo do Estado de São Paulo/Reprodução
A Disney+ está seguindo os passos da Netflix, líder no mercado de streaming, na guerra ao compartilhamento de senhas. Em 2022, a locadora vermelha estimou que perdia cerca de US$ 6 bilhões em receitas com a prática adotada pelos usuários.
Em março do ano passado, a Netflix iniciou uma cobrança adicional de R$ 12,90 para usuários brasileiros e US$ 7,99 nos Estados Unidos. A plataforma de streaming teve um crescimento de 6 milhões de assinantes nos três primeiros meses da medida.
Isso se refletiu também na melhoria dos resultados da Netflix, com um crescimento de 11% do lucro operacional ajustado em relação a 2022, que ultrapassou os US$ 7 bilhões em 2023.
A Max, plataforma de streaming da Warner Bros que reúne o catálogo da HBO e Discovery+, planeja pôr fim o compartilhamento de senha até o 2025.
Até o momento, a Amazon Prime Video, Paramount+ e Lionsgate+ ainda permitem o compartilhamento de senhas e não anunciaram medidas para pôr fim a prática.