Google é condenado por monopólio no segmento de buscas nos EUA

O Google foi considerado culpado em um processo no qual era acusado de violar leis antitruste dos Estados Unidos para manter o domínio nos segmentos de busca e publicidade nos resultados das pesquisas. A decisão foi anunciada na segunda-feira (5) pelo juiz federal do Distrito de Columbia, Amit Mehta.

“Após ter considerado e pesado cuidadosamente o depoimento e as evidências das testemunhas, o tribunal chega à seguinte conclusão: o Google é um monopolista e agiu como tal para manter seu monopólio”, escreveu o magistrado. A ação foi iniciada pelo Departamento de Justiça dos EUA em 2020.

Os acordos do Google para se manter como buscador padrão nos dispositivos foram considerados anticompetitivos.Fonte:  Getty Images/Reprodução 

Na ocasião, as autoridades reguladoras argumentaram que a gigante de Mountain View agiu ilegalmente para dominar o mercado de buscas, dificultando a entrada de concorrentes como o Bing, da Microsoft. Entre as estratégias, foram citados os pagamentos bilionários à Apple, Samsung e Mozilla, entre outras empresas.

Esses acordos permitiram que o Google se mantivesse como buscador padrão nos dispositivos das duas big techs e no navegador Firefox. No caso da Maçã, por exemplo, uma testemunha do caso informou que a dona do iPhone teria recebido US$ 20 bilhões apenas em 2022 para garantir o motor de busca em destaque no Safari.

Como o Google se defendeu?

Ao longo do processo, que contou com depoimentos dos CEOs do Google e da Microsoft, Sundar Pichai e Satya Nadella, respectivamente, e do executivo da Apple, Eddy Cue, a gigante das buscas negou ter agido de maneira anticompetitiva. De acordo com a empresa, seu domínio de mercado se deve a um produto superior aos concorrentes e apreciado pelos usuários.

A empresa também pediu que o seu negócio de buscas fosse comparado a uma gama mais ampla de plataformas do que a definida pelo governo dos EUA. Assim, ela indicou que compete com serviços nos quais a busca faz parte do negócio mesmo sem a indexação à web, como a Amazon.

O juiz do caso ainda vai definir quais medidas serão tomadas contra a marca. Vale lembrar que a empresa terá mais um julgamento em 2024 referente a outro processo movido pelo Departamento de Justiça americano, envolvendo a tecnologia de publicidade da companhia.

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