A Meta, dona de plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp, ofereceu “milhões de dólares” a uma série de celebridades para usar a voz de famosos em sistemas de inteligência artificial (IA). A informação é da Bloomberg, posteriormente confirmada também pelo jornal The New York Times.
Segundo as reportagens, a companhia está em negociações com atores, atrizes e influenciadores a nível global. Nomes como Awkwafina (Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis), Judi Dench (a “M” de vários filmes da franquia 007) e Keegan-Michael Key (Wonka) estariam entre os interessados no projeto.
A comediante Awkwafina, uma das possíveis vozes da plataforma da Meta. (Imagem: Getty Images)Fonte: GettyImages
A ideia da marca é revelar o serviço e os primeiros nomes confirmados em setembro deste ano, durante a conferência Connect. A Meta, porém, se recusou a comentar o assunto quando contatada pelos veículos que noticiaram o assunto.
Como a Meta pretende usar a voz de famosos
A ideia da companhia é gravar a voz dessas celebridades para alimentar um modelo de linguagem e usar elas no MetaAI, o assistente pessoal de IA da empresa.
Dessa forma, usuários poderão interagir com esses “clones digitais” de celebridades em apps como WhatsApp e Instagrma. Além de conversar, você poderia fazer perguntas e pedir a geração de conteúdos, recebendo o resultado na voz que desejar.
O funcionamento é parecido com os chatbots digitais de texto que a empresa já lançou em parceria com várias personalidades, como Snoop Dogg e Tom Brady. Essa iniciativa, porém, já foi descontinuada em julho deste ano e aparentemente teve pouca procura por parte do público.
Os contratos seriam por tempo limitado e sem garantias de renovação — ou seja, sem a possibilidade de fornecimento “infinito” da voz para a plataforma.
A greve de intérpretes durou meses e envolveu negociações tensas com estúdios. (Imagem: Getty Images)Fonte: GettyImages
As condições de assinatura por enquanto são os principais obstáculos dessa iniciativa: nem todos os famosos envolvidos concordam com os termos e há possíveis divergências com o sindicato de intérpretes de Hollywood, que fizeram uma longa greve em 2023 tendo a IA como um dos principais tópicos de debate.