A rede social de subfóruns Reddit anunciou as políticas da plataforma para as eleições presidenciais dos Estados Unidos. As medidas envolvem mudanças na moderação e até nos anúncios.
Uma das novidades é a possibilidade de qualquer usuário optar por não receber anúncios de temas políticos. A publicidade sobre política e ativismo é liberada na plataforma, mas agora eles podem ser considerados “temas sensíveis” e não aparecer para quem não desejar.
A medida polêmica é similar a uma prática em fase de implementação pela Meta em redes sociais como o Instagram. A rede social permite barrar posts comuns no feed sobre temas sensíveis, mas não anúncios sobre política.
A medida é considerada controversa por parte da comunidade, já que pode limitar debates e tirar visibilidade de perfis importantes que não prejudicam em nada o serviço.
Controle de conteúdos políticos
Fora essa medida, o Reddit confirmou novas medidas de moderação. Os mecanismos incluem remover conteúdos falsos manipulados ou criados com inteligência artificial (IA) antes mesmo que ele ganhe visibilidade na plataforma.
Postagens de incitação à violência e outros conteúdos considerados “danosos” serão lidados com prioridade. Assim como outras redes sociais, a plataforma usa uma combinação de softwares e funcionários humanos para lidar com as denúncias.
Atentado contra Trump deixou os ânimos da campanha ainda mais acirrados.Fonte: GettyImages
Mecanismos parecidos já foram implementados em outras eleições que aconteceram este ano em regiões como França e Reino Unido. O Brasil também terá um período eleitoral regional em 2024 e os subreddits nacionais provavelmente também responderão às mesmas regras, já que as alterações são globais.
O pleito nos Estados Unidos acontece em novembro de 2024 e promete ser disputado, envolvendo principalmente Donald Trump (do partido Republicano) e Kamala Harris (pelos Democratas).
As gigantes da tecnologia já viraram palco de polêmica por causa do tema — seja por “alucinações” em chatbots de IA, seja pela publicação de um deepfake pelo próprio Elon Musk, dono do X (antigo Twitter).