A Carteira de Identidade Nacional (CIN), novo documento de identificação do brasileiro, atingiu o marco de dez milhões de emissões nesta segunda-feira (29). O número representa a quantidade de pessoas que adotaram o novo formato, de acordo com dados do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
O Rio Grande do Sul é atualmente o estado com o maior número de novas carteiras emitidas. Só nas cidades gaúchas, foram 1,2 milhão de solicitações atendidas — e o ministério já trabalha também com reimpressões no local, para o caso de perda dos documentos em decorrência das enchentes que atingiram a região.
Segundo o secretário de Governo Digital, Rogério Mascarenhas, há um trabalho conjunto com os estados para ampliar o número de emissões. “Recomendamos aos cidadãos que têm interesse em ter a sua carteira que procurem o posto de atendimento de seu estado”, diz a nota oficial.
A nova Carteira de Identidade do Brasil
A CIN começou a ser emitida no Brasil oficialmente em julho de 2022. Atualmente, é possível obter a sua em 24 estados (com exceção de Amapá e Roraima), além do Distrito Federal.
Ela adota em definitivo o Cadastro de Pessoa Física (CPF) como único número de identificação do brasileiro, substituindo em definitivo o antigo RG e evitando possíveis incompatibilidades ou falta de padrão entre os estados.
A unificação permite que o governo use os dados da população para cadastros em programas públicos, como benefícios de complemento de renda. A ideia é que diferentes áreas do governo aproveitem as informações da CIN — como saúde e educação, por exemplo — para facilitar o contato com a população.
Além disso, a nova carteira reduz fraudes ao estar diretamente conectada com os serviços digitais do portal GOV.BR, que é de acesso restrito ao próprio cidadão. Ao emitir a nova carteira, a pessoa é “promovida” à categoria Ouro do sistema.
Apesar do incentivo para a adoção da CIN, todas as carteiras de identidade (RG) que foram emitidas nos formatos anteriores ainda têm validade até o final de fevereiro de 2032. Ainda assim, a previsão do governo é de que mais de 70% da população brasileira tenha a nova carteira até 2026.