Pentest, ou Teste de Penetração, é um processo usado para identificar falhas de segurança em sistemas e redes. Conhecido também como teste de intrusão, o Pentest simula ataques de hackers para encontrar e corrigir vulnerabilidades – antes que sejam exploradas por invasores mal-intencionados.
No campo da cibersegurança, o Pentest é uma ferramenta necessária para as empresas e demais organizações que desejam proteger seus dados e garantir a integridade e segurança de seus sistemas, evitando danos financeiros e de reputação.
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Agora você sabe o que é um Pentest, mas saberia responder quais são as etapas e os tipos de Pentest existentes? Continue lendo e saiba tudo sobre a prática que pode proteger o seu negócio contra ameaças digitais!
Para que serve o Pentest?
O Pentest serve para avaliar a segurança cibernética de sistemas e medir o nível de maturidade de empresas e governos em termos de cibersegurança. Aqui estão algumas das principais funções e benefícios do Pentest:
Identificação de vulnerabilidades
O principal objetivo do Pentest é encontrar falhas de segurança que possam ser exploradas por hackers, seja em software, sistemas operacionais, redes e até mesmo erros humanos, como senhas fracas.
Avaliação de riscos
Ao identificar as vulnerabilidades, o teste de intrusão ajuda a avaliar os riscos associados a elas. Desse modo, as empresas sabem como priorizar as falhas mais críticas e tomar medidas para mitigá-las, protegendo melhor seus dados e sistemas.
Prevenção de ataques cibernéticos graves
Exemplos de tais ataques incluem ransomware, onde os dados são criptografados e só liberados mediante pagamento, e ataques de negação de serviço (DDoS), que sobrecarregam sistemas e os tornam inacessíveis.
Conformidade com regulamentações
Muitas indústrias têm regulamentações específicas de segurança cibernética que exigem a realização de Pentests regulares. Cumprir essas normas é uma forma de evitar penalidades e demonstrar o compromisso da entidade com a segurança de seus stakeholders – partes interessadas.
Melhoria contínua da cibersegurança
Os resultados de um Pentest fornecem informações valiosas para melhorar continuamente a postura de segurança da empresa. Isso inclui atualizar políticas de segurança, treinar funcionários e implementar novas tecnologias de segurança.
O profissional de Pentest deve respeitar a confidencialidade e a integridade das informações da organização durante o processo.Fonte: GettyImages
Vale lembrar que o teste de penetração deve ser realizado com frequência, em intervalos programados e sempre que ocorrerem alterações nos sistemas, infraestruturas ou na legislação de dados.
Aplicação em diversos setores
O Pentest pode ser aplicado a qualquer tipo de organização, pública ou privada. Não importa o tamanho ou o nicho, todas as entidades que dependem de sistemas digitais podem se beneficiar dessa prática para proteger suas informações e operações.
Quais as etapas do Pentest?
Realizar um Pentest é um processo meticuloso que envolve várias etapas, técnicas de coleta de informações, ataques a sistemas Windows e Linux e testes em aplicativos da Web e mobile.
Em geral, as principais etapas envolvidas em um teste de penetração são:
1. Planejamento e reconhecimento
Nesta fase inicial, o escopo do Pentest é definido, listando quais sistemas, redes e aplicações serão testados. Além disso, são coletadas informações sobre o alvo, como endereços IP, nomes de domínio e estrutura de rede.
O reconhecimento pode ser passivo, apenas observando sem interagir diretamente com o alvo, ou ativo, interagindo diretamente com os sistemas para coletar mais dados.
2. Varredura
Com as informações coletadas na fase de planejamento, o profissional executa mapeamentos para identificar quais portas de rede estão abertas e quais serviços estão sendo executado, além de buscar por falhas de segurança conhecidas nos sistemas e aplicações.
3. Ganho de acesso
Nesta etapa, as vulnerabilidades identificadas são exploradas a fim de se obter acesso não autorizado aos sistemas-alvo.
São usadas técnicas de ataque como injeção de SQL, ataques de força bruta e exploração de falhas em software. O objetivo é entender o nível de risco associado a cada vulnerabilidade!
4. Escalada de acesso
Agora, o profissional tenta manter esse acesso para simular um ataque prolongado e avaliar até que ponto um invasor pode permanecer dentro do sistema sem ser detectado.
A instalação de backdoors ou a criação de contas de usuário secretas são métodos comumente utilizados nessa etapa do teste.
Nesta fase, o objetivo é escalar seus privilégios enquanto se evita medidas de segurança.Fonte: GettyImages
5. Limpeza e análise
Os dados obtidos durante a invasão simulada são analisados para entender o impacto potencial das vulnerabilidades exploradas. Avalia-se, então, quais informações confidenciais foram acessadas e quais sistemas críticos foram comprometidos.
Após a conclusão dos testes, é elaborado um relatório detalhado que descreve todas as descobertas, sendo:
- os pontos fracos encontrados;
- como foram explorados;
- o impacto potencial de cada um.
O relatório também inclui recomendações específicas para corrigir as falhas de cibersegurança identificadas. Esse documento é fundamental para que a equipe de TI possa tomar as ações necessárias para fortalecer a segurança dos sistemas.
Quais são os tipos de Pentest?
Existem vários tipos de Pentest, cada um com um foco específico e técnicas diferentes para avaliar a segurança de sistemas e redes.
Compreender esses tipos ajuda a escolher o mais adequado com base nas necessidades e objetivos da sua organização! Confira quais são eles:
Pentest de Caixa Preta (Black Box)
No Pentest de Caixa Preta, o profissional que irá executar o teste de penetração não têm conhecimento prévio sobre o sistema alvo. Ele deve descobrir tudo do zero, como um invasor real faria.
Esse tipo de teste simula um ataque externo, sendo útil para avaliar a segurança de sistemas como se estivessem sendo atacados por um desconhecido.
Pentest de Caixa Branca (White Box)
Neste tipo, o acesso a informações sobre o sistema alvo é completo, como diagramas de rede, código-fonte e arquitetura de sistema. O objetivo é identificar falhas de segurança com base no conhecimento detalhado do sistema.
Esse método é útil para testar a segurança de sistemas complexos e entender como as vulnerabilidades podem ser exploradas internamente.
Pentest de Caixa Cinza (Gray Box)
O Pentest de Caixa Cinza combina elementos dos testes de caixa preta e branca. O profissional responsável pelo teste de intrusão tem conhecimento limitado sobre o sistema alvo, como credenciais de acesso básicas, mas não têm acesso total.
Esse tipo é útil para simular um ataque de alguém com informações parciais sobre o sistema, como um insider com acesso restrito.
Quem deve realizar um Pentest?
Qualquer organização que dependa de sistemas digitais para suas operações deve considerar a realização de Pentests. Esses testes ajudam a proteger dados sensíveis, garantir a conformidade com regulamentações e evitar danos financeiros e de reputação.
A equipe de TI da organização deve manter uma comunicação segura com o profissional de Pentest contratado.Fonte: GettyImages
Independente do tamanho, todas as empresas que utilizam sistemas digitais devem realizar Pentests. Pequenas e médias empresas (PMEs) podem ser tão vulneráveis quanto grandes corporações e os danos causados por um ataque cibernético podem ser devastadores.
Veja alguns exemplos de entidades que devem considerar a realização de Pentests:
- Organizações governamentais;
- Instituições financeiras;
- Empresas de tecnologia;
- Hospitais, clínicas e outras instituições de saúde;
- Universidades e escolas;
- E-commerce e empresas de varejo;
- Provedores de Ssrviços em nuvem;
- Startups;
- Empresas de infraestrutura crítica, como energia, água, telecomunicações e transporte.
É importante ter sempre em mente que a cibersegurança é um campo dinâmico e interligado. Além dos Pentests, outras tecnologias e abordagens, como o Edge Computing, podem desempenhar um papel importante na proteção de dados e sistemas.
Se você quer saber mais sobre computação de borda ou edge computing, leia o artigo em que explicamos como essa tecnologia emergente pode colaborar com o aumento da segurança cibernética. Até a próxima!