O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump defendeu a disponibilidade do app no país. Em entrevista à Bloomberg, o atual candidato à presidência disse que o aplicativo proporciona competição no setor de redes sociais.
“Eu defendo o TikTok porque é preciso ter competição. Se você não tem o TikTok, você só tem o Facebook e o Instagram”, pontuou o Trump.
Em abril deste ano, o atual presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou o projeto de lei que poderia gerar o banimento do TikTok no país. A legislação impede que empresas chinesas como a ByteDance mantenham plataformas digitais operando na região.
Pela lei, o TikTok teria até janeiro de 2025 para vender suas operações para uma empresa estrangeira.Fonte: GettyImages
A partir da data, a ByteDance tem nove meses para vender as operações do TikTok para outra empresa ou um grupo de investidores. Ao final do prazo, a rede social seria proibida no final do prazo.
Fontes ouvidas pela Reuters revelaram que a ByteDance prefere suspender as operações do TikTok nos EUA a vendê-lo para uma empresa estrangeira. A rede social detém cerca de 170 milhões de usuários no país.
Já em maio, o TikTok decidiu processar o governo dos Estados Unidos, alegando que a nova lei fere a Constituição do país e viola o princípio da liberdade de expressão. A decisão final sobre o banimento poderia ser definido após uma longa batalha judicial.
Briga do TikTok começou no mandato de Trump
Contudo, Trump nem sempre foi a favor do TikTok. Durante seu mandato como presidente dos EUA, o empresário chegou a confirmar que a rede social seria proibida no país.
Naquela época, o TikTok já era visto com desconfiança pelo governo estadunidense. O aplicativo estava cercado de discussões de segurança nacional, com suspeitas de encaminhar dados de usuários para o governo chinês.
Em junho deste ano, Donald Trump criou uma conta no TikTok. O candidato acumulou mais de 2 milhões de seguidores em questão de horas — atualmente, conta com mais de 8,5 milhões.
O posicionamento do presidenciável em relação ao TikTok pode ser uma estratégia de campanha para atrair o voto de eleitores mais jovens. Enquanto Joe Biden, também candidato para as eleições de novembro, concordou com a lei que pode banir a rede do país, Trump se coloca como oposição à legislação.