O atentado contra Donald Trump em Butler, na Pensilvânia (Estados Unidos), ocorrido no último sábado (13), inundou as redes sociais com teorias da conspiração a respeito do caso, compartilhadas principalmente no X (antigo Twitter). A tentativa de assassinato se tornou um dos assuntos mais comentados da plataforma no fim de semana.
Sem citar qualquer evidência, muitas dessas postagens afirmavam que o incidente havia sido encenado. Quem defendia tal teoria alegava a falta de reação das pessoas que acompanhavam o comício e afirmava que ninguém havia ouvido os tiros.
Alguns internautas chegaram a duvidar da veracidade do atentado contra Donald Trump. (Imagem: Getty Images)Fonte: Getty Images/Reprodução
Internautas também sugeriram que o cenário havia sido montado para o ex-presidente dos EUA se tornar mais simpático, mencionando a foto em que ele aparece com sangue na orelha e no rosto, de punho erguido, com a bandeira do país ao fundo. Palavras como “encenação” surgiram entre as mais comentadas no X.
Alegações falsas sobre a identidade do autor foram outras que movimentaram as redes sociais após a tentativa de assassinato de Trump. O jornalista italiano Marco Violi chegou a ser apontado como o suposto atirador — a confusão foi desfeita quando o FBI divulgou que Thomas Matthew Crooks, um jovem de 20 anos, era o autor dos disparos.
O que disseram os apoiadores do ex-presidente?
Entre as teorias da conspiração sobre o atentado contra Trump houve, ainda, quem culpasse o “estado profundo”. Para os autores dessas postagens, que defendem a volta do empresário à presidência, serviços de segurança e inteligência estariam tentando frustrar todos os movimentos do candidato.
Outra postagem, com mais de 4,7 milhões de visualizações, apontou que a ordem para a tentativa de assassinato havia sido dada pela CIA, igualmente sem citar provas. Nomes como Barack Obama, Hillary Clinton e até o ex-vice de Trump, Mike Pence, estariam envolvidos no incidente, conforme o autor.
Nem mesmo o atual presidente dos EUA, Joe Biden, escapou das alegações falsas sobre o atentado. Segundo o congressista republicano Mike Collins, Biden teria “enviado as ordens” depois de fazer um comentário na semana passada colocando “Trump no alvo”, que na verdade se referia à disputa eleitoral.
Instagram, Facebook, Threads, YouTube e Telegram também foram usados para espalhar informações falsas do atentado, mas em menor quantidade, como relata a NBC.