Revelado lá em agosto de 2023, o Pulse Elite veio com a promessa de revolucionar a forma como jogamos no Playstation 5. Depois de quatro meses do lançamento no exterior, chegou a vez do Brasil receber o headset sucessor do Pulse 3D.
Enquanto a versão original já tem potencial para agradar os jogadores do PS5, será que vale a pena pagar quase o dobro pelo upgrade para a nova versão? O Voxel testou o Pulse Elite e te explicar agora nessa breve review com o fone de ouvido da PlayStation.
Especificações e conteúdo
Antes de começarmos com as impressões, vamos dar uma olhada nas especificações oficiais e o que está incluso na caixa do produto.
Pulse Elite já está disponível no Brasil
O que tem na caixa?
- Headset wireless PULSE Elite;
- Adaptador USB PlayStation Link;
- Alça de carregamento PULSE Elite;
- Placa de montage horizontal;
- Cabo USB-C.
Especificações
- Modelo: CFI-ZDD1AX;
- Compatibilidade com receptor para PS5, PS Portal e PC/Mac;
- Conectividade sem fio Bluetooth 5.0;
- Porta USB Type-C para recarregar;
- Conector de áudio 3,5mm para dispositivos com fio;
- Cancelamento de ruído;
- Peso de 347 gramas.
Design
Logo de cara, o que chama a atenção no Pulse Elite é justamente o design: embora seja parecido com o Pulse 3D, o “modo futurista” dele chama bem a atenção. Com um corpo de plástico bem resistente, o fone não vai ficar nem apertado, nem frouxo na cabeça do jogador, ao contrário do modelo anterior que incomodava depois de um tempo.
Embaixo do arco, existe uma borracha que ajuda o fone a se adaptar aos diferentes formatos de cabeça. Então, caso você tenha uma bela jaca, a borrachinha vai ajudar a mantê-lo bem firme na hora de jogar. No próprio arco também existe uma entrada de alimentação, que falaremos sobre mais tarde.
Detalhe do Pulse Elite, o novo fone de ouvido da PlayStation
Os estofados das conchas são de couro sintético e envolvem totalmente as orelhas, com movimento angular 360, que ajuda bastante no encaixe. Não existe ajuste de altura, já que a borracha do arco faz bem o seu trabalho. Como é sintético, já sabe: cuide bem porque no futuro, isso aqui vai descascar.
Do lado direito, temos o botão de emparelhamento e energia, entrada P2 caso queira jogar cabeado, entrada USB-C e ajustes de volume. Você pode demorar um pouco para acostumar-se com o posicionamento, já que os botões ficam quase na altura da nuca.
Do lado esquerdo, fica o microfone retrátil e um botão para se mutar durante as partidas, bem parecido com o que já existe no Dualsense. Como o microfone é flexível, você pode afastá-lo da boca caso esteja muito perto dela.
Embora ele pese 347 gramas, durante o uso mal se sente que ele está na cabeça de tão bom que é o encaixe, de verdade. Porém, caso você queira usá-lo na rua, fique ciente de a luz azul do lado direito não vai se apagar nunca.
Com conexão Bluetooth 5.0, é possível conectá-lo em celulares e computadores, mas pra usar no Playstation é preciso usar um dongle que vem na caixa. Não faz sentido… porém tudo isso é por conta do Playstation Link, que possibilita ligar o fone e escutar o console quase que instantâneo.
Usabilidade
No som, o PULSE Elite manda muito bem, oferecendo uma ótima experiência em jogos de tiro ou que demandem atenção extrema do jogador. Eu o testei ao jogar Alien: Isolation e digo com muita certeza: o gameplay que já é tenso, conseguiu ficar mais ainda com o fone. Os rangidos metálicos da nave, os passos e a trilha ganham um quê a mais de vida.
Isso é graças aos alto-falantes planares magnéticos das conchas, que fazem com que o som ambiente fique ainda mais real. Durante minha jogatina de Fallout 4 e Helldivers 2, era possível ouvir e reconhecer de onde vinham os tiros, já que o fone possui áudio 3D (que lembrando aqui, não está disponível em todos os jogos)
É possível mudar dentro do PS5 algumas configurações de acordo com o que você vai jogar, variando entre graves, agudos, médios e altos, podendo alterar e salvar de acordo com sua escolha. Porém, essa opção é só para o Playstation.
Mesmo sendo possível usar ele em celulares e computadores, eu não recomendaria muito. Embora seja bem simples para conectar, já que é só segurar o botão de pareamento por 8 segundos, você vai ter que fazer tudo pelo celular. Abaixar ou aumentar volume, pausar música ou pular para a próxima no meio da rua? Esquece, os botões são inúteis para isso.
Graças ao Bluetooth 5.0 e ao Playstation Link, é possível jogar e usar o fone no celular ou computador ao mesmo tempo, caso você queira ouvir uma música ou usar o Discord durante alguma partida (que convenhamos, tarde demais já que enquanto eu escrevia esse review a notícia do Discord no Playstation tinha acabado de sair). Mesmo conectado em dois lugares, não existia perda de qualidade.
Eu tive só um pequeno problema com o headset durante uma jogatina, onde ele simplesmente desconectou assim que a bateria do controle acabou. Acabei reconectando o dongle e configurando o fone novamente. Não sei se ele conectou com o controle ou algo do tipo, mas nada que atrapalhasse o uso.
“O headset funciona no PlayStation, PC e celulares, mas não é compatível com Xbox.”
Ah, e antes que perguntem: sim, eu tentei usá-lo no Xbox. Porém… não funcionou, já que nem por Bluetooth nem pelo dongle o Xbox Series X o reconhecia. Óbvio? Sim, mas eu precisava testar!
Embora o microfone tenha um cancelamento de ruído aprimorado por inteligência artificial, não senti muita diferença de um microfone comum de fone de ouvido. A impressão que dá é que a voz fica meio enlatada. Não é natural, desculpe Playstation pela sinceridade.
Bateria
Além do som, a bateria é um dos pontos mais fortes do Pulse Elite. A Sony promete 30 horas de duração, e embora eu tenha usado ele por duas semanas, foi só depois de uma que a primeira barra de bateria sumiu. Usando mais ou menos umas três horas por dia, menos nos finais de semana, eu ainda não tive que recarregar o fone, que está com 49% de bateria neste exato momento.
Posicionamento dos botões do Pulse Elite.
Sobre a recarga, na caixa vem um cabo USB-C, uma alça de alimentação caso você queira deixar ele carregando numa parede ou mesa. Com 10 minutos de carregamento, é possível jogar cerca de duas horas até descarregar 100%, o que ajuda muito caso você de aquela pausa rápida pra ir ao banheiro.
Vale a pena?
Em marketplaces online, você encontra o Pulse Elite custando entre R$ 920 a 1000 reais, quase R$500 a mais que seu antecessor. É barato? Sem dúvidas que não. No entanto, se você levar em conta a qualidade do áudio e principalmente a bateria, é de se pensar em pegar o produto futuramente, já que a bateria e o microfone do Pulse 3D não são das melhores.
Agora, por esse valor, é difícil dizer para você comprar o novo fone da PlayStation no ato. Porém, caso tenha dinheiro sobrando e queira uma boa experiência para jogar, o Pulse Elite é uma ótima escolha. Só não esqueça que em celulares e computadores, não é possível controlar nada pelo dispositivo, o que pode afetar quem também vai usar o acessório para trabalhar, por exemplo.
E aí, qual sua opinião sobre o fone de ouvido da PlayStation? Vai migrar para o Pulse Elite ou ficar no modelo 3D? Comente nas redes sociais do Voxel!