Alguns dos clássicos do cinema não existiriam caso fossem filmados hoje. Quer dizer, pelo menos não na forma que os conhecemos. Isso porque as tecnologias têm um papel determinante na trama, e as engenhocas modernas que foram criadas com o tempo acabaram tornando suas histórias obsoletas ou, pelo menos, bem ingênuas.
De celulares rústicos, bem ao estilo tijolão, até conexões com problema, diversos filmes de qualidade são calçados em narrativas que já ficaram datadas no quesito tecnologia. Confira a seguir 6 casos de filmes que teriam que ser repensados se fossem produzidos hoje.
1. 127 horas (2010)
Em 127 Horas, sucesso do diretor Danny Boyle, conhecemos a história do alpinista Aron Ralston (James Franco). O aventureiro cai na fenda de um cânion no Utah e fica preso lá por cinco dias. Em uma jornada angustiante, Ralston fica 127 horas revisitando as principais ações da sua vida enquanto toma coragem para tomar uma atitude extrema para poder voltar à sua vida “normal”.
Pode-se dizer que, hoje, seria muito difícil que ele passasse pela mesma situação, por conta da existência das tecnologias digitais. Tendo um celular ou qualquer tipo de aparelho eletrônico junto a ele, Ralston provavelmente seria rastreado em pouco tempo via GPS e uma equipe de resgate seria mandada até ele. É a modernidade salvando vidas.
2. O Chamado (2002)
Adaptação americana de um filme japonês, O Chamado já se tornou um verdadeiro clássico do cinema de horror. Na história, uma jornalista chamada Rachel Keller (Naomi Watts) investiga a morte de sua sobrinha, ocorrida depois que ela assistiu a um vídeo misterioso. Ela então descobre que outros quatro adolescentes também morreram em situações semelhantes, tendo apenas 7 dias para viver depois de ver o filme.
O terror da trama ocorre por conta de uma fita VHS – tecnologia que praticamente não existe mais nos dias atuais. Para que o filme fizesse sentido hoje, seria mais adequado que fosse um vídeo no YouTube, o que causaria certo desafio para os roteiristas para explicar por que a menina Samara consegue saltar da tela e vir assombrar os espectadores.
3. Toy Story (1995)
O doce filme Toy Story, da Pixar, é o primeiro episódio da franquia que gira em torno dos brinquedos do menino Andy. No dia de seu aniversário, os brinquedos antigos ficam nervosos pois temem ser substituídos pelos novos. Assim, o cowboy Woody lidera um grupo que pretende lidar com Buzz Lightyear, o boneco de um patrulheiro espacial que Andy acabou de ganhar. Mal sabe que eles acabarão se unindo e virando bons amigos.
Os brinquedos são totalmente ativos em Toy Story e fazem altas aventuras quando nenhum humano está olhando. Se essa história se passasse nos dias de hoje, provavelmente o quarto de Andy estaria sendo filmado por câmeras e as pessoas descobririam bem rapidinho as peripécias que eles aprontam.
4. Pânico (1996)
Em Pânico, primeiro filme dessa longa franquia de terror e suspense, um grupo de jovens está enfrentando um assassino mascarado que testa seus conhecimentos sobre filmes de terror. Quem erra as perguntas do maníaco Ghostface acaba morto em seguida.
A primeira cena que abre o filme é muito famosa. Uma moça, vivida por Drew Barrymore, recebe uma ligação do assassino no telefone fixo, e passa um bom tempo conversando com ele. Além de os telefones fixos serem hoje super raros, é muito difícil imaginar que alguém atenderia uma ligação de um número desconhecido na mesma situação de Casey Becker – que não desliga nunca o telefone!
5. Esqueceram de Mim (1990)
Praticamente todo mundo já viu, pelo menos uma vez na vida, Esqueceram de Mim, a aventura enfrentada por Kevin McCalister (Macaulay Culkin) quando seus pais o esquecem em casa e viajam com a família para passar o Natal. Sozinho, o menino de 10 anos precisa enfrentar dois ladrões atrapalhados e bem pouco inteligentes.
Obviamente, se os aparelhos celulares já existissem, Kevin teria mandado imediatamente uma mensagem no grupo de WhatsApp da família e estaria a salvo em poucos minutos. Com certeza sua mãe jamais iria topar entrar no avião deixando o seu precioso pimpolho para trás.
6. Disque M para Matar (1954)
Em Disque M para Matar, temos mais um clássico, dessa vez saído da mente do mestre do suspense Alfred Hitchcock. Na trama do filme, um ex-tenista decide matar a própria mulher para poder herdar o seu dinheiro, além de se vingar por um caso que ela teve com um escritor. Por conta disso, ele faz chantagem e obriga um colega a estrangulá-la, dando a entender que teria sido um assalto e a morte acidental.
A cena icônica do estrangulamento se dá com o uso de um aparelho telefônico, com aquele longo fio enrolado sendo usado no pescoço da vítima. Hoje, em que praticamente ninguém mantém telefone fixo em casa, a cena certamente teria que ser repensada. Será que daria para estrangular alguém com o cabo do celular? O desfecho certamente seria diferente.
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