A Amazon está usando usa uma tecnologia no fluxo de encomendas para evitar que produtos sejam entregues com defeito. Em publicação feita na segunda-feira (3), a empresa detalhou todo o processo, realizado com inteligências artificiais (IA) generativas.
O sistema de verificação é alimentado pelo modelo “Project P.I.”, sendo “P.I.” a sigla em inglês para “Investigador Privado”. A ferramenta usa uma combinação entre IA generativa e tecnologias de visão computacional para monitorar o fluxo de encomendas e identificar produtos defeituosos ou pedidos errados (tamanho e cores não solicitados).
O “Project P.I.” usa inteligência artificial generativa e visão computacional para separar produtos defeituosos.Fonte: Amazon/Reprodução
Segundo a Amazon, o Project P.I. é inteligente o suficiente para identificar a origem do problema, assim permitindo que a equipe adote correções e evite futuros enganos.
“Nos locais onde o sistema está disponível, ele provou ser capaz de classificar os milhões de itens que passam pelos túneis todos os meses e identificar com precisão os problemas dos produtos”, pontuou a Amazon.
Como funciona o Project P.I. da Amazon?
A Amazon explica que o Project P.I. está instalado em um “túnel de imagem”. Nesta instalação, a ferramenta usa visão computacional para escanear os produtos e avaliar suas condições (tipo, irregularidades na embalagem e outros detalhes). Se algum defeito é detectado, o produto é desviado do fluxo de encomendas para ser substituído.
Após a separação, o produto é revisado por profissionais da Amazon para conferência mais profunda. Então, as condições do objeto são avaliadas para conferir se ele pode ser revendido por um valor reduzido, doado ou descartado.
“O envio acidental de itens imperfeitos pode resultar em devoluções indesejadas, o que pode levar ao desperdício de embalagens e emissões de carbono desnecessárias decorrentes do transporte adicional”, argumenta a Amazon.
Além do sistema de detecção de imperfeições, a Amazon também usa modelos generativos — especificamente, um modelo de linguagem multimodal — para investigar a causa de avaliações negativas de consumidores. A empresa aprende com a queixa do comprador, assim identificando um defeito antes indetectado, para evitar que ele aconteça de novo em futuras entregas.