A época da Black Friday e o fim de ano atrai muitos consumidores cheios de vontade de aproveitar as milhares de promoções, mas também traz muita dor de cabeça. Segundo estimativas do Procon-SP, mesmo antes desta sexta-feira (29), a entidade já havia recebido 1.467 reclamações em quase 30 dias, com a Sephora e o Magazine Luiza encabeçando a lista.
O órgão, que atua na defesa do consumidor, começou a registrar os atendimentos a partir de 30 de outubro, quando boa parte das lojas iniciaram seu aquecimento de ofertas. Para receber as queixas, o Procon abriu um canal específico para essas reclamações, além de consultas em redes sociais.
Dentre as empresas com maior índice de reclamações, a Sephora figura em primeiro lugar com 6,46% das queixas (83). Em seguida, o grupo Magazine Luiza aparece com 4,20% das reclamações (54), distribuídas entre subsidiárias como Netshoes, Época Cosméticos, MagaluPay e Hub Fintech.
Abaixo, estão outras populares companhias do varejo, como a Casas Bahia, Ponto Frio e Extra, ambas empatadas com o Mercado Livre com 3,81% dos atendimentos. Por fim, as empresas de telecomunicações, como Claro, Net, Embratel e Nextel aparecem na última posição, registrando 2,80% das queixas.
Demora na entrega irrita consumidores
Com uma série de reclamações, os usuários têm tido problemas variados. Os principais vilões na época da Black Friday são a demora ou a falta de entrega dos produtos, com 40% e 514 reclamações. A segunda colocação tem uma queda expressiva e vai para 13,62% (175), correspondendo a produtos/serviços diferentes do pedido, incompletos, ou danificados.
As demais reivindicações a seguir são bem próximas uma das outras, como pedidos cancelados após a finalização da compra (12,14%) e produtos/serviços indisponíveis (10,35%). O problema menos listado, mas que ainda aparece com certa frequência, é a maquiagem no desconto dos itens disponibilizados para a venda, com 10,19%.