O que NÃO fazer quando usar IA para montar seu currículo? Confira 5 dicas

Dentre as infinitas utilidades de inteligências artificiais generativas baseadas em texto, o auxílio na construção de currículos pessoais é uma delas. Descrever a própria experiência profissional pode ser um desafio, principalmente dada a subjetividade das tarefas cotidianas, às variadas ferramentas envolvidas no fluxo de trabalho e uma variedade de outros detalhes.

O uso de IAs generativas para requintar o próprio currículo não é uma novidade no mercado, e já existem ferramentas por aí que prometem agilizar o processo ao oferecer funções inteiramente voltadas para isso. De toda forma, existem estratégias importantes a serem consideradas ao montar um currículo usando chatbots — e o TecMundo tem um artigo falando sobre isso.

Ainda que seja bastante poderosa nessa tarefa, há pontos críticos que precisam receber atenção redobrada durante a elaboração de currículos com ajuda de IA. Neste artigo, o TecMundo vai destrinchar alguns desses aspectos, junto com a ajuda de Fabio Maeda, porta-voz e diretor da unidade de candidatos da Catho.

5. Nunca se esqueça de revisar o conteúdo

Ainda que modelos generativos sejam capazes de produzir textos que pareçam perfeitos, eles são sujeitos a erros — e vários. As IAs podem não errar gramática com frequência, mas, por natureza, elas não entendem a realidade como humanos, e podem inventar fatos, confundir elementos e muito mais — algo que ficou conhecido como alucinação.

O material gerado pela IA pode conter erros, por isso é importantíssimo revisá-lo antes de enviar.

Por isso, além de ser uma questão de atenção, a revisão do próprio currículo é uma necessidade ética. “Primeiro de tudo, é imprescindível que as informações geradas por IA que serão colocadas no currículo sejam verdadeiras e representem as habilidades e experiências daquele profissional”, pontuou Maeda.

Uma simples alucinação pode chamar a atenção de um recrutador e, por consequência, tirar seu currículo da fila de potenciais candidatos para uma determinada vaga. Portanto, se você usou IA para complementar ou temperar seu currículo, lembre-se de revisar com atenção para encontrar essas pontas soltas.

4. Não minta e não faça a IA mentir

Usar inteligência artificial para ajudar a compor seu currículo pessoal não é necessariamente errado, mas fazer com que ela minta por você, sim. Evite solicitar descrições de experiências de trabalho que não correspondam à verdade, assim evitando criar expectativas erradas no recrutador.

“Modificar dados ou informações certamente prejudicará o candidato na busca por uma oportunidade e na sua credibilidade até mesmo a longo prazo”, disse Maeda. “E as empresas podem identificar isso”, continuou.

Mentir usando IA é tão grave (senão, pior) do que mentir por conta própria no currículo.
Mentir usando IA é tão grave (senão, pior) do que mentir por conta própria no currículo.

Por isso, é importante ter equilíbrio: a IA pode ajudar você a elaborar um currículo pomposo, honesto e rico em conteúdo, mas com informações que realmente fazem parte do seu histórico. “A IA pode, sim, ajudar os candidatos na criação de um currículo mais robusto, mas que seja feito com ética e com o cuidado de não exagerar, tornando-o robotizado e sem personalidade”, ressaltou o executivo.

3. Não deixe a IA fazer tudo sozinha

Os modelos generativos são excelentes para compor textos atrativos, mas o currículo pode ser uma importante marca pessoal. Para permitir que essa personalidade seja bem expressada na apresentação, tome parcela de participação no processo de elaboração textual.

Por isso, é importante ter uma atenção especial para a priorização de palavras-chave, elaborar sugestões de informação personalizadas para compor os textos, compor o documento com informações de contato claras e fáceis de encontrar e mais. Aproveite a IA para acelerar o processo, não automatizá-lo completamente.

2. Não deixe a IA falar demais

As ferramentas de IA podem deixar seu currículo riquíssimo, mas o excesso de informações também é prejudicial. Cada vaga, cada empresa e cada senioridade, exigem habilidades específicas, e cabe a você entender o que precisa ser destacado e o que pode ser deixado de lado — geralmente, o modelo não consegue tomar essa decisão sozinho.

A IA pode acabar gerando textos grandes demais, e isso pode entregar a autoria sintética.
A IA pode acabar gerando textos grandes demais, e isso pode entregar a autoria sintética.

Por isso, ainda que seu currículo esteja rico, totalmente verídico e muito bem escrito, tire um tempo para enxugar o texto. Nem sempre o exagero de informações cai bem na sua descrição pessoal.

1. Não se esqueça de experimentar

Existem várias soluções com modelos generativos que prometem ajudar você a elaborar o currículo — o TecMundo destacou 10 delas. Dependendo do modelo utilizado e da estrutura da aplicação, os resultados podem ser diferentes, então uma pode ser mais aconselhada do que a outra.

Além dos tradicionais chatbots — ChatGPT, Gemini e Copilot, por exemplo —, há aplicativos que trabalham especificamente com a análise de currículos. Eles podem avaliar a compatibilidade da descrição pessoal com os anúncios de trabalho, sugerir mudanças no texto, criar um esboço para seu currículo, tornar o documento mais atrativo e mais.

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