Brasil lidera ranking de ataques contra sistemas Linux na América Latina

A empresa de cibersegurança Kaspersky divulgou uma nova edição do estudo Panorama de Ameaças, que revela detalhes sobre a área da proteção digital entre julho de 2023 e julho de 2024. De acordo com a companhia, os dados levantam preocupações do ponto de vista do cenário brasileiro.

O levantamento descobriu “um aumento alarmante” em ameaças contra sistemas Linux na América Latina, com o Brasil na frente do ranking em quantidade de ataques.

Ao todo, são mais de mil ataques diários no país envolvendo a plataforma, em um crescimento de 48% comparado com o ano anterior e com 389.611 registros ao todo. Em toda a região, foram 880 mil detecções no período avaliado e 2.410 ataques por dia em média.

Segundo a companhia, a ameaça mais comum no país é o Exploit.Linux.DLink, encontrado em 9% das detecções em território nacional e 14,42% na América Latina. Essa é uma ameaça específica contra roteadores da fabricante D-Link, uma das várias companhias que usa o Linux como sistema operacional nesse tipo de aparelho.

Rotadores da D-Link foram bastante visados em ataques nos últimos 12 meses. (Imagem: Divulgação/D-Link)

“A popularidade crescente do Linux em servidores, redes governamentais, dispositivos IoT e infraestruturas críticas o torna um alvo atraente para cibercriminosos”, alerta Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.

O que fazer para se proteger?

Ainda de acordo com a Kaspersky, os ataques frequentes contra roteadores reforçam a urgência e a importância de manter equipamentos atualizados para além do computador ou celular.

Além disso, dicas comuns — como usar senhas fortes e únicas e sempre monitorar os logs do sistema em busca de atividades suspeitas — seguem valendo para a atualidade.

Para Assolini, usuários, empresas e governos devem “adotar medidas proativas para proteger seus sistemas Linux“, incluindo também “o uso de soluções de segurança robustas e a implementação de boas práticas de segurança“.

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