A nova versão do polêmico Windows Recall poderá ser desinstalada pelo usuário, afirmou um executivo da Microsoft ouvido pelo The Verge. A ferramenta retrabalhava será inaugurada em outubro deste ano nos PCs Copilot+.
“Se você prefere desinstalar [o Recall], você poderá fazer isso na sua máquina”, disse o vice-presidente segurança corporativa e de sistema operacional da Microsoft, David Weston. Portanto, não era um bug, como visto anteriormente.
Durante a entrevista ao site, ele explicou vários detalhes sobre a nova estrutura de privacidade do Recall.
A principal mudança está no método de armazenamento do Recall. Originalmente, toda a base de dados da ferramenta era salva em um arquivo simples, sem qualquer tipo de criptografia. Agora, porém, as interpretações do conteúdo da tela são salvas em um documento atrelado ao Trusted Platform Module (TPM), componente necessário para rodar o Windows 11.
Dessa forma, o único momento que as informações coletadas pelo Recall são exibidas na interface é mediante solicitação e verificação de identidade do usuário via Windows Hello (reconhecimento facial, PIN ou biometria).
A camada de segurança impede que usuários do computador ou malware instalado na máquina tenham acesso direto ao conteúdo interpretado pela inteligência artificial, assim preservando a atividade do dispositivo.
“Nós movemos todo o processamento de capturas de tela, todos os processos sensíveis, para um enclave de segurança baseado em virtualização”, explicou Weston. Essa estrutura faz com que toda vez que o app é fechado, o conteúdo armazenado na memória é excluído.
As melhorias do Microsoft Recall revisados são bem básicas — e bastante esperadas para uma ferramenta tão invasiva quanto ela. Portanto, a apresentação inicial tão precoce e problemática da ferramenta se torna um mistério ainda maior.
O Windows Recall será inaugurado em fase de testes em outubro deste ano. Diferente do que foi anunciado meses atrás, o uso dela será totalmente opcional.