OpenAI confirma planos para virar empresa lucrativa; veja o que isso muda

A OpenAI, empresa de inteligência artificial (IA) dona de ferramentas como o ChatGPT, vai mesmo promover uma alteração na sua estrutura. Fontes consultadas pela Reuters confirmaram que, em breve, ela se tornará oficialmente uma corporação com fins lucrativos.

A mudança ainda em fase de elaboração e planejamento, mas foi reforçada pela própria empresa em comunicado. “Nós continuamos focados em construir uma IA que beneficie a todos e estamos trabalhando com o conselho pra garantir que estamos melhor posicionados para sermos bem sucedidos em nossa missão”, diz a nota.

Porém, a alteração tem gerado críticas de especialistas e entidades da área. Alguns grupos estão preocupados com o futuro da empresa em questões éticas e de priorização de projetos, já ela precisará apresentar receitas cada vez maiores a partir da mudança e agradar o mercado.

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O ChatGPT, lançado em 2022, é o grande destaque da OpenAI.

Além disso, a alteração também não parece ter agradado a todos os integrantes da companhia. A OpenAI vive nos últimos meses uma fase de debandada de funcionários, em especial veteranos e executivos — como os cofundades Greg Brockman e Ilya Sutskever, que ficaram quase uma década na empresa, e a ex-gerente de tecnologia, Mira Murati.

O que vai mudar na OpenAI?

De acordo com os planos obtidos pela Reuters, a OpenAI será organizada como uma empresa tradicional em sua estrutura. Dessa forma, ela passa a responder a seus investidores acionistas e sócios — que devem incluir tanto gigantes como a Microsoft quanto fundos de capital de risco.

Sam Altman, atual CEO, será considerado um sócio acionista pela primeira vez e vai passar a receber a sua parcela de participação, em um valor não revelado. Já o braço sem fins lucrativos seguirá existindo, porém como sócio minoritário e em uma função ainda não explicada pela marca.

Além disso, um recém formado comitê de segurança independente será o responsável pela fiscalização das ações. Entre os projetos da companhia para o futuro próximo estão um hardware de IA, um processador próprio e um modelo de linguagem capaz até de “raciocinar” nas respostas.

A OpenAI foi fundada em 2015 como um laboratório de pesquisas sem fins lucrativos, mas criou uma divisão quatro anos depois capaz de gerar lucros e receber financiamentos. Análises de mercado sugerem que, atualmente, a dona do ChatGPT estaria valendo algo em torno de US$ 150 bilhões.

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