A CrowdStrike pediu desculpas pelos transtornos causados durante a atualização problemática que causou o travamento de milhões de computadores com Windows em todo o mundo no último dia 19 de julho. A empresa de segurança cibernética se pronunciou sobre o caso na terça-feira (24).
Participando de audiência no Congresso dos Estados Unidos, o executivo sênior da companhia, Adam Meyers, se desculpou com os clientes e disse que a firma representada por ele investiu em mudanças para que algo semelhante não volte a acontecer. O incidente afetou bancos, aeroportos, bolsas de valores, hospitais e empresas de diferentes segmentos.
O executivo Adam Meyers representou a CrowdStrike durante a audiência no Congresso dos EUA.Fonte: Getty Images/Reprodução
“Lamentamos profundamente que isso tenha acontecido e estamos determinados a evitar que aconteça novamente”, comentou Meyers, se dirigindo ao Subcomitê de Segurança Cibernética e Proteção de Infraestrutura da Câmara dos EUA. Ele respondeu às perguntas por cerca de 90 minutos.
Em uma delas, o executivo foi questionado por um dos congressistas se a inteligência artificial utilizada pela CrowdStrike para detectar ameaças aos sistemas poderia ter causado a falha global. De acordo com o porta-voz, a IA não teve nenhuma influência no processo que levou ao envio da atualização problemática.
Mudanças para evitar novos apagões
Investigações feitas pela empresa de segurança apontaram que um bug no seu sistema de controle de qualidade possibilitou o envio de um update defeituoso responsável por causar toda a crise. Na audiência, Meyers comentou que medidas foram tomadas para evitar novas panes e prejuízos.
Segundo o representante, foram implementadas alterações abrangentes nos modos de testar e implementar atualizações, contribuindo para otimizar o procedimento. Conforme Meyers, são lançadas de 10 a 12 atualizações de configuração a cada 24 horas para os clientes da empresa.
Além de prestar contas aos legisladores, a CrowdStrike vem enfrentando diversos processos judiciais dos próprios acionistas. Clientes da Delta Airlines também ingressaram na justiça contra a responsável pela atualização, após o problema gerar vários cancelamentos de voos.